Argentina envia protesto ao Reino Unido por exercícios militares nas Malvinas

Por Agência de Notícias
08/12/2022 20:01 Atualizado: 08/12/2022 20:01

O governo da Argentina apresentou um protesto formal ao Reino Unido pela intenção do governo britânico de realizar exercícios militares nas Ilhas Malvinas.

Segundo fontes oficiais, o Ministério das Relações Exteriores da Argentina convocou, na última terça-feira (06), a embaixadora britânica em Buenos Aires, Kirsty Hayes, para transmitir sua “rejeição categórica” à intenção do Reino Unido de realizar exercícios e “introduzir novos atores militares” nas Malvinas.

A pasta citou notícias recentemente divulgadas de que “a chamada Assembleia de Kosovo havia decidido enviar até sete membros das Forças de Segurança de Kosovo (KBS) para as Ilhas Malvinas” em uma “operação de apoio à paz em conformidade com um acordo assinado com o Reino Unido sobre a incorporação de membros da KBS ao exército de infantaria britânico nas Ilhas Malvinas”.

O secretário do Ministério das Relações Exteriores da Argentina para Malvinas, Antártida e Atlântico Sul, Guillermo Carmona, e o subsecretário argentino de Política Externa, Claudo Rozencwaig, entregaram à embaixadora britânica uma nota formal de protesto e declararam que a iniciativa militar realizada pelo Reino Unido constitui uma “demonstração injustificada de força”.

Para as autoridades argentinas, a iniciativa britânica também implica “um abandono deliberado dos apelos de numerosas resoluções da Assembleia Geral das Nações Unidas e de outros fóruns internacionais que instam tanto a Argentina quanto o Reino Unido a retomar as negociações a fim de encontrar uma solução pacífica e definitiva para a disputa de soberania” sobre as Ilhas Malvinas.

Os representantes argentinos também destacaram que a iniciativa militar contraria a resolução 31/49 da Assembleia Geral da ONU, que insta a Argentina e o Reino Unido a se absterem de tomar decisões unilaterais em relação às Malvinas, um arquipélago sobre cuja soberania os dois países travaram uma guerra em 1982 que foi vencida pelos britânicos.

O comunicado ressalta que “a presença militar extrarregional nas ilhas é categoricamente oposta à vontade permanente da República Argentina de resolver a disputa por meios pacíficos, de acordo com o direito internacional e as resoluções pertinentes das Nações Unidas”.

 

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