Argentina diz que instituições da Venezuela estão ao lado do ditador Maduro

Por efe e redação epoch times brasil
23/08/2024 20:02 Atualizado: 23/08/2024 20:40

O governo da Argentina reiterou nesta sexta-feira (23), ao avaliar a validação do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela dos resultados eleitorais de 28 de julho, que Nicolás Maduro “é um ditador” e que as instituições venezuelanas, “ou o que resta delas, o acompanham nessa atitude”.

“Tudo o que acontece na Venezuela nós acompanhamos detalhadamente e muito de perto, mas, efetivamente, para nós Maduro é um ditador, age como um ditador e suas instituições, ou o que resta delas, o acompanham nessa atitude, por isso não temos muito mais a dizer”, disse o porta-voz presidencial Manuel Adorni em entrevista coletiva.

O porta-voz foi questionado sobre a posição da Argentina depois que o Supremo da Venezuela validou a vitória de Maduro declarada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) nas eleições presidenciais realizadas em 28 de julho. O resultado é questionado por grande parte da comunidade internacional.

Além disso, a ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, publicou uma mensagem na rede social X (ex-Twitter) na qual reiterou o desejo do governo de Javier Milei de que “a violenta ditadura de Maduro chegue logo ao fim”.

Mondino postou uma carta enviada pelos opositores do governo de Maduro, Edmundo González Urrutia e María Corina Machado, como agradecimento pela postura da Argentina perante a Organização dos Estados Americanos (OEA).

“Queridos venezuelanos, não há necessidade de nos agradecer. Estamos com vocês”, escreveu Mondino, que insistiu na colaboração de seu governo “para defender a Liberdade (sic) sem restrições”.

Nesta sexta-feira, 11 países das Américas, Chile, Argentina, Costa Rica, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai, divulgaram um comunicado conjunto no qual rejeitaram o anúncio do TSJ.

No texto, os governos destes países duvidaram “da suposta verificação dos resultados do processo eleitoral de 28 de julho, emitida pelo CNE, que busca validar os resultados infundados emitidos pelo órgão eleitoral”.

“Nossos países já haviam expressado o repúdio à validade da declaração do CNE, depois que representantes da oposição não tiveram acesso à contagem oficial, à não divulgação das atas e à subsequente recusa em realizar uma auditoria imparcial e independente de todas elas”, acrescentaram.