Os parentes e amigos do narcotraficante equatoriano José Adolfo ‘Fito’ Macías – foragido da justiça e considerado um dos responsáveis pela onda de violência no Equador – que foram presos na noite de quinta-feira, na Argentina, foram deportados para o país de origem.
De acordo com a imprensa local, citando fontes oficiais, eles embarcaram em um voo da Força Aérea Argentina para o Equador durante a madrugada.
Fontes consultadas pela Agência EFE afirmaram que todos os detalhes da operação serão forcecidos em uma entrevista coletiva que será concedida às 12h (horário de Brasília) pela ministra de Segurança argentina, Patricia Bullrich, pelo ministro da Defesa, Luis Petri, e por Juan Pablo Quinteros, chefe de segurança da província de Córdoba, onde os parentes e amigos mencionados foram detidos.
A polícia prendeu em Córdoba (centro da Argentina) vários parentes e pessoas próximas ao narcotraficante equatoriano José Adolfo ‘Fito’ Macías.
A operação foi realizada na noite de quinta-feira em Valle del Golf, um bairro privado em Malagueño, nos arredores de Córdoba.
De acordo com o jornal “La Voz del Interior”, que cita como fonte Alberto Bietti, diretor de Inteligência Criminal da polícia de Córdoba, responsável pela investigação em conjunto com a Força Policial Antinarcóticos (FPA), o aluguel da casa foi pago em espécie com dólares.
Embora as identidades e os números dos detidos não tenham sido anunciados oficialmente, a imprensa local informa que são oito, incluindo a esposa de ‘Fito’ Macias, Inda Mariela Peñarrieta Tuarez, e três de seus filhos: Michelle, de 21 anos, Ilse María, de 12, e Lian Sejam, de quatro.
Os demais detidos são uma empregada doméstica, Denny Yadira Laines Basurto, Javier Macías Alcivar, sobrinho do capo, e Ángel Zambrano Chiquito, amigo da família. Todos foram levados de Córdoba para Buenos Aires, de onde foram deportados para o Equador.
‘Fito’ é o líder do Los Choneros, um dos grupos criminosos armados que o governo equatoriano considera responsável pela onda de violência que coloca o país em xeque e que inclui o assassinato do promotor César Suárez na quarta-feira, em Guayaquil.
Condenado em 2011 a 34 anos de prisão por tráfico de drogas, crime organizado e assassinato, ‘Fito’, acusado de ter vínculos com o cartel mexicano de Sinaloa, já fugiu várias vezes, a última delas no dia 7 de janeiro, após a qual teve início uma escalada de violência que levou o governo equatoriano a declarar estado de emergência e a existência de um conflito armado interno.