A Argentina voltará à União das Nações Sul-Americanas (Unasul), fundada em 2008 – e da qual saiu em 2019, acusando-a de ideologização, como a maioria de seus países membros fez nos últimos cinco anos.
O anúncio foi feito nesta terça-feira pelo presidente do país, Alberto Fernández.
“Na América Latina estamos todos no mesmo barco, e a construção da unidade deve deixar de lado o uso político da política, porque isso nos condena a mais procrastinação. É por isso que devemos revitalizar a Unasul o quanto antes”, disse Fernández durante uma reunião com o Grupo de Puebla na Casa Rosada (sede do governo), de acordo com fontes presidenciais.
“Se o Brasil e a Argentina estiverem dentro, a Unasul terá outro poder, e teremos que avançar para que todos os países irmãos retomem o caminho”, acrescentou.
O bloco regional, cujo primeiro secretário-geral, em 2010, foi o falecido ex-presidente argentino Néstor Kirchner, é atualmente composto por Venezuela, Bolívia, Guiana, Suriname e Peru.
Fernández anunciou que seu país vai reativar os direitos e obrigações da Argentina perante o órgão regional, do qual saiu durante o governo de Mauricio Macri (2015-2019).
A Unasul nasceu em 2008, promovida pelo falecido ditador venezuelano Hugo Chávez e apoiada por outros líderes regionais, como o atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.
Em 2017, entrou em crise quando os 12 países membros não conseguiram chegar a um acordo sobre um novo secretário-geral, o que se agravou por posições conflitantes sobre a crise venezuelana.
A situação tornou-se crítica quando, em 2018, a Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Paraguai e Peru, então com governos de centro-direita, suspenderam sua participação e financiamento.
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