A Arábia Saudita ativou oficialmente nesta terça-feira sua filiação ao grupo de economias emergentes BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), depois que o bloco convidou o país árabe a participar em agosto, informou a televisão estatal saudita “Al Ekhbariya”.
De acordo com a emissora, o reino árabe “ativou” sua adesão após uma série de deliberações sobre o ingresso no grupo e disse que a decisão “fortalece a posição internacional da Arábia Saudita”.
A fonte disse que, durante 2022, o volume de comércio entre o reino árabe e os países do BRICS totalizou cerca de 658 bilhões de riais sauditas (cerca de US$ 175 bilhões), dos quais 445 bilhões de riais (cerca de US$ 118,664 bilhões) foram exportações sauditas para esses países.
Naquele ano, 30% do comércio internacional do reino foi com os países do BRICS.
A Arábia Saudita foi convidada a se juntar aos BRICS na 15ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo do grupo, realizada na cidade sul-africana de Johanesburgo de 22 a 24 de agosto, uma oferta também recebida por Argentina, Egito, Emirados Árabes e Irã.
No entanto, o presidente da Argentina, Javier Milei, informou formalmente aos chefes dos países-membros no final de dezembro que não se juntaria ao bloco, em contraste com a reação positiva inicial de seu antecessor, Alberto Fernández (2019-2023).
Milei comunicou sua decisão em cartas enviadas em 22 de dezembro a Ramaphosa e aos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, ao ditador da China, Xi Jinping, e ao líder da Rússia, Vladimir Putin; bem como ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.
O bloco representa mais de 42% da população mundial e 30% do território do planeta, além de 23% do produto interno bruto (PIB) e 18% do comércio mundial.