Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
O período de três meses entre 1º de junho e 31 de agosto foi oficialmente o mais quente já registrado no mundo, de acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês).
A atualização climática mensal da NOAA, divulgada em 19 de setembro, mostrou que as temperaturas médias globais da terra e do oceano nesse período — que marca o verão meteorológico no Hemisfério Norte e o inverno meteorológico no Hemisfério Sul — estavam 1,65 graus Celsius acima da média do século XX.
“Esse foi o período mais quente de junho a agosto, e os registros da NOAA remontam a 1850”, disse Ahira Sanchez-Lugo, climatologista dos Centros Nacionais de Informações Ambientais da NOAA, durante uma coletiva de imprensa em 19 de setembro.
A alta sazonal significa que o mundo atingiu mais uma média recorde de calor de 1º de janeiro a 31 de agosto.
Sanchez-Lugo disse que 2024 agora tem 95% de chance de ser o ano mais quente já registrado.
No entanto, o relatório da NOAA afirma que as temperaturas médias variam em todo o mundo.
Os Estados Unidos, por exemplo, tiveram o quarto verão mais quente desde que os registros começaram em 1895, mas vários estados tiveram temperaturas individuais altas ou quase recordes.
Arizona, Califórnia, Flórida, Maine e New Hampshire tiveram os verões mais quentes já registrados.
A capital do Arizona, Phoenix, teve mais de 100 dias consecutivos de temperaturas acima de 37 graus Celsius do Memorial Day (27 de maio) até o Labor Day (2 de setembro).
As temperaturas atingiram 43,3 ºC ou mais em mais de 50 desses dias, e em mais de 35 dessas noites a temperatura não caiu abaixo de 32 graus.
As autoridades de saúde pública do condado de Maricopa confirmaram 256 mortes relacionadas ao calor no ano até 14 de setembro e disseram que 393 mortes ainda estão sendo investigadas.
O relatório da NOAA também mostrou que o verão foi seco em uma parte significativa do país.
O Alabama e o Mississippi relataram o agosto mais seco já registrado e um verão significativamente seco no geral.
No entanto, o relatório não inclui os centímetros de chuva que ambos os estados receberam do furacão Francine, que atingiu a vizinha Louisiana em 11 de setembro.
Em 17 de setembro, 36% do território continental dos Estados Unidos estava em algum nível de seca, sendo o sudoeste do Texas, Ohio e Virgínia Ocidental os mais afetados.
Para outubro, novembro e dezembro, a NOAA prevê temperaturas acima da média na maior parte do país, especialmente na costa leste e no sudoeste do Novo México.
Espera-se que os níveis de chuva abaixo do normal persistam no sudoeste, mas níveis acima da média são esperados no noroeste do Pacífico, no nordeste e na região dos Grandes Lagos.
A NOAA realizará uma coletiva de imprensa sobre as perspectivas para o inverno de 2024-2025 nos EUA em 17 de outubro.
A Associated Press contribuiu para esta reportagem.