O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido convocou nesta terça-feira (29) o embaixador da China em Londres, Zheng Zeguang, para expressar a ele o protesto do governo britânico pela prisão e agressão a um jornalista da rede “BBC” que trabalhava na cobertura de protestos em Xangai.
De acordo com a emissora, o cinegrafista Edward Lawrence foi detido, algemado e agredido por integrantes das forças de segurança da cidade chinesa, enquanto acompanhava as manifestações contra as restrições impostas pelo regime chinês, conhecida como COVID-zero, para supostamente conter a propagação da COVID-19.
A Chancelaria britânica convocou o embaixador da China um dia depois que o primeiro-ministro, Rishi Sunak, afirmou em discurso que a “era dourada” das relações entre o Reino Unido e o país asiático havia chegado ao fim.
Diante de empresários e especialistas em política exterior, o premiê garantiu que os próximos laços econômicos com Pequim, reforçados na última década, foram “ingênuos”, embora tenha admitido que a importância chinesa em termos globais não pode ser ignorada.
Sunak criticou as autoridades da China por terem “optado por tomar medidas enérgicas, inclusive, agredindo um jornalista da BBC”.
“Reconhecemos que a China representa um desafio a nossos valores e interesses, um desafio que se torna agudo na medida que avança para um autoritarismo ainda maior”, garantiu o chefe de governo.
A chamada “era dourada” está associada aos laços econômicos com o país asiático que marcaram o governo do conservador David Cameron, primeiro-ministro de 2010 a 2016.
Sunak garantiu que o país trabalhar com aliados, entre eles, Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão, para “administrar” a questão das relações com a China, “com diplomacia e compromisso”.
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