O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se referiu nesta quarta-feira (21) a Rússia como “Estado terrorista” em várias ocasiões durante a entrevista coletiva conjunta que concedeu com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
As declarações foram feitas em um momento que Washington discute se o regime liderado por Vladimir Putin deverá ser designado como tal.
Ao longo da coletiva, concedida na Casa Branca, Zelensky usou os termos “terroristas” e “Estado terrorista”, ao falar da Rússia ao lado de Biden, que o recebeu hoje na primeira viagem ao exterior do presidente ucraniano desde o início da guerra no Leste Europeu.
Recentemente, a embaixadora dos EUA junto à ONU, Julianne Smith, afirmou que “o sentimento em Washington é que isso, realmente, não é necessário neste momento e, de fato, poderia acabar sendo contraproducente, pois poderia inibir ou dificultar nossa capacidade, por exemplo, de levar ajuda humanitária à Ucrânia ou parte dos grãos para fora da Ucrânia”.
Atualmente, os líderes do Congresso estão trabalhando, junto ao governo, para apresentar uma iniciativa legislativa para condenar as ações da Rússia como um “Estado agressor”, ao invés de “patrocinador de terrorismo”, o que ofereceria novas prerrogativas a Biden para sancionar integrantes do Executivo de Moscou.
Uma fonte do Partido Republicado afirmou ao jornal americano “The Hill”, nesta terça-feira, que a proposta estava “sendo cozinhada”, em resposta à demanda de Zelensky para que os EUA classifiquem a Rússia como patrocinadora do terrorismo.
Tal designação isolaria ainda mais a Rússia internacionalmente, e permitiria aos EUA sancionar países que apoiam o Kremlin.
O governo de Biden vem negando isso, até o momento, argumentando que a medida amarraria suas mãos ao lidar com a Rússia e dificultaria os esforços diplomáticos com Moscou para acabar com a guerra na Ucrânia.
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