Americanos preferem muro de fronteira ao invés do “Green New Deal”, revela pesquisa

Remington Research Group disse ter pesquisado 1.212 eleitores registrados em todo o país

02/03/2019 11:28 Atualizado: 02/03/2019 11:28

Por Jack Phillips, Epoch Times

Pesquisa recente descobriu que a maioria dos eleitores norte-americanos se opõe ao Novo Acordo Verde (Green New Deal).

E se os norte-americanos tivessem opção, eles escolheriam construir um muro ao longo da fronteira dos Estados Unidos com o México, em vez de aceitar o Novo Acordo Verde, informou o Remington Research Group.

Quando perguntados sobre o Novo Acordo Verde, que tem sido fortemente recomendado pela representante socialista Alexandria Ocasio-Cortez (D-NY) nas últimas semanas, cerca de 51% dos norte-americanos disseram que se opõem a ele, 29% disseram que apoiam, e 19% não tinham certeza, segundo a pesquisa.

A democrata Alexandria Ocasio-Cortez (D-NY) fala em uma coletiva de imprensa na Frente Oriental do Capitólio dos EUA em 7 de fevereiro de 2019 (Alex Wong / Getty Images)
A democrata Alexandria Ocasio-Cortez (D-NY) fala em uma coletiva de imprensa na Frente Oriental do Capitólio dos EUA em 7 de fevereiro de 2019 (Alex Wong / Getty Images)

Por sua vez, “mais da metade (51%) dos norte-americanos dizem preferir que o governo dos Estados Unidos financie um muro de fronteira, em vez do Novo Acordo Verde (31%)”, diz a pesquisa.

Enquanto isso, de acordo com o pesquisador, os independentes também preferem construir o muro ao invés de aceitar o Novo Acordo Verde, por uma margem de dois para um.

Os republicanos “preferem um muro de fronteira por uma margem de 68 pontos”, disse Remington Research.

“Se você tivesse que escolher, iria preferir que o governo dos Estados Unidos gaste US$ 5 bilhões para financiar um muro de fronteira ou US$ 7 bilhões para financiar o Novo Acordo Verde?”, foi a pergunta feita pelo pesquisador a fim de obter uma resposta final sobre a preferência pelo muro ou pelo Novo Acordo Verde.

Titus Bond, presidente do Remington Research Group, disse que o Novo Acordo Verde criou uma “situação interessante” para os democratas.

“Os eleitores democratas apoiam esta legislação, enquanto o resto do país se opõe esmagadoramente a ela. Será intrigante ver líderes democratas e aspirantes a presidentes navegarem nesta questão com sua própria base, ao mesmo tempo em que ainda atraem eleitores em geral”, disse Bond.

Equipe de construção trabalha para substituir o muro na fronteira EUA-México vista de Tijuana, no estado de Baja California, México, em 9 de janeiro de 2019 (Guillermo Arias / AFP / Getty Images)
Equipe de construção trabalha para substituir o muro na fronteira EUA-México vista de Tijuana, no estado de Baja California, México, em 9 de janeiro de 2019 (Guillermo Arias / AFP / Getty Images)

A Bloomberg News informou em 25 de fevereiro que o Novo Acordo Verde de Ocasio-Cortez, cujo objetivo é lutar contra a mudança climática, não é uma solução barata.

O American Action Forum (AAF), que é dirigido por Douglas Holtz-Eakin — responsável pelo Gabinete de Orçamento do Congresso apartidário entre 2003 e 2005 — descobriu que o plano custaria entre 51 e 93 bilhões de dólares ao longo de mais de 10 anos.

Isso inclui entre 8,3 e 12,3 trilhões de dólares para cumprir o plano do Novo Acordo de eliminar as emissões de carbono dos setores de transporte e energia nos Estados Unidos. Enquanto isso, a AAF, descrita pela Bloomberg como “alinhada com os republicanos”, disse que o acordo custará entre US$ 42,8 e US$ 80,6 bilhões para sua agenda econômica.

“O Novo Acordo Verde é claramente muito caro”, disse o grupo. “Sua expansão do papel do governo federal em algumas das decisões mais básicas da vida diária, no entanto, provavelmente teria um impacto mais duradouro e prejudicial do que seu enorme preço”.

O Remington Research Group disse ter pesquisado 1.212 eleitores registrados em todo o país.

Foram derrubados protótipos de muros de fronteira

Protótipos de muro a serem escolhidos pelo presidente Donald Trump como muro próximo a San Diego, na Califórnia, foram derrubadosna quarta-feira para dar lugar a uma nova seção de modelos, informou a Reuters.

“Desde que os testes e avaliações destes modelos foram finalizados, eles cumpriram seu propósito e agora estão sendo retirados”, disse Ralph DeSio, porta-voz do Serviço de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) dos Estados Unidos, em um comunicado.

Usando martelos pneumáticos, escadas e maçaricos, as forças especiais militares e as unidades especiais do CBP passaram semanas tentando passar por baixo, por cima e através dos protótipos para testar seus pontos fortes e fracos.

Os testes dos oito protótipos, cuja construção, segundo Michael Scappechio, agente da Supervisão de Patrulhamento de Fronteiras do setor de San Diego, custou entre 300 mil e 500 mil dólares cada, e mostraram a eficácia desse tipo de poste de aço, ou “postes de amarração” que já existe ao longo de grandes seções da fronteira.

Agora, uma nova cerca de 9 metros de altura está sendo construída como uma barreira secundária ao longo de uma seção de 23 quilômetros, atrás de uma cerca existente de 5,5 metros de altura, disse Scappechio.

A capacidade dos agentes de ver através de uma barreira é crucial para sua segurança, e uma cerca feita de postes de aço ou “postes de amarração” é mais fácil de consertar quando quebrada e é economicamente viável, disse ele, enquanto a altura de 9 metros é um elemento disuasivo para os escaladores.