SANTA CRUZ, Bolívia — Os esforços de resposta à variante Ômicron do vírus do PCC (Partido Comunista Chinês) têm sido erráticos desde o diagnóstico do primeiro caso em São Paulo, no dia 23 de novembro de 2021.
As contramedidas dos governos vão desde o fortalecimento dos requisitos de fronteira e entrada até mandatos de vacinação e bloqueios, para esforços completamente indiferentes e a retirada total das restrições de entrada.
O vírus que causa a COVID-19 já matou 1,57 milhão de pessoas na América Latina e no Caribe.
Além do número de casos e da variante mais recente, El Salvador tornou-se o primeiro país do mundo a eliminar todos os requisitos de entrada relacionados ao vírus, em 17 de novembro de 2021. No dia 3 de janeiro, o governo do presidente Nayib Bukele anunciou os preparativos para qualquer recuperação em casos de vírus do PCC, afirmando que o “robusto sistema de saúde pública” do país tinha muitos suprimentos médicos e leitos hospitalares.
As autoridades também afirmaram que tinham doses de vacina suficientes para imunizar toda a população.
O ministro da Saúde, Francisco Alabi, declarou que o país está preparado para reagir da melhor forma com atendimento ao paciente e controle do vírus.
Seguindo uma trilha de resposta semelhante, o México anunciou a remoção de todos os requisitos de entrada relacionados ao vírus do PCC a partir do dia 1º de janeiro. Antes do ano novo, os viajantes precisavam preencher um questionário de saúde on-line antes de passar pela imigração.
Enquanto isso, o país luta para controlar um aumento nos casos do vírus, que atingiu o pico no dia 3 de janeiro.
O México, que se tornou o segundo país a remover todos os requisitos de entrada relacionados ao vírus do PCC, utiliza um sistema de quatro cores que alerta os moradores sobre restrições, com vermelho como o mais alto nível de controle e apenas atividades essenciais permitidas. Em 17 de janeiro, nenhum dos 32 estados do país estavam operando sob restrições de nível vermelho.
O vice-ministro da Saúde do Paraguai, Hernan Martinez, afirmou que as medidas de bloqueio não retornarão ao país, apesar da chegada da Ômicron dentro de suas fronteiras no dia 28 de dezembro de 2021. Martinez declara não esperar que a nova onda de infecção seja tão intensa quanto as anteriores, incluindo menos hospitalizações e óbitos.
“De forma alguma vamos voltar a restrições ou algo assim. O tempo passou”, declarou.
No entanto, os requisitos para estrangeiros que desejam entrar no Paraguai mudaram no dia 10 de janeiro.
Um teste PCR negativo com não mais de 72 horas agora é necessário, a menos que os viajantes sejam provenientes de um bloco comercial do Mercosul.
O comprovante de vacinação também é exigido de todos que entram, a menos que venham de uma cidade fronteiriça.
O presidente uruguaio Luis Lacalle Pou declarou no dia 10 de janeiro que seu governo não tinha intenção de fechar as fronteiras do país novamente, apesar do número recorde de casos de vírus do PCC divulgados naquele dia pela Organização Mundial da Saúde.
Lacalle sustenta que “a grande defesa” do Uruguai está em sua alta taxa de vacinação contra o vírus; mais de 77 por cento estão totalmente vacinados.
O ministro da Saúde Pública do Uruguai, Daniel Salinas, afirmou que é importante obter a terceira dose para prevenir casos graves da doença e acrescentou que quase 43% da população já recebeu o primeiro “reforço” da inoculação.
“Há uma dissociação entre o número de casos e internações”, relatou Salinas. “O conceito que deve ser gerenciado é o controle funcional da pandemia”.
Na outra ponta do espectro de resposta estão países como o Brasil, que não só tornou obrigatória a comprovação de vacinação contra o vírus para entrar no país, como também é exigida para admissão em locais fechados em 19 estados.
Autoridades brasileiras cancelaram as festividades de carnaval em 18 das 27 capitais dos estados, incluindo o Rio de Janeiro, com o anuncio do prefeito Eduardo Paes no dia 4 de janeiro.
Além disso, um teste PCR negativo é necessário para entrar no Brasil.
Uma decisão da Suprema Corte, em 20 de dezembro, para impor um decreto de vacinação contrasta fortemente com o apoio ardente do presidente Jair Bolsonaro à liberdade médica.
Na Bolívia, o governo do presidente socialista Luis Arce tem tentado aplicar a prova de vacinação para todos os residentes e visitantes que chegam, desde o dia 1º de janeiro.
O mandato exigiu prova de vacinação para entrar em qualquer área pública ou local de comércio, que prontamente desencadeou protestos em todo o país e processos movidos contra o governo no tribunal constitucional do país.
O governo de Arce suspendeu a medida até o final de janeiro, aguardando revisão, em meio a considerável agitação social e pressão legal.
Enquanto isso, o Chile suspendeu o relaxamento de suas rígidas exigências de entrada na fronteira no dia 29 de novembro por causa da variante Ômicron.
O país, que tem as maiores taxas de vacinação da América Latina, também começou a administrar uma segunda dose de reforço este mês.
Aqueles que desejam entrar no Chile devem ter comprovante de vacinação registrado pelo governo do país e obter um “passe de mobilidade”.
Após a obtenção do passe, os viajantes também devem apresentar um teste PCR negativo antes da chegada e, em seguida, passar por um segundo teste PCR após a chegada e ficar em quarentena até que os resultados do teste estejam disponíveis.
Além disso, o Chile está permitindo a entrada de pessoas apenas pelos aeroportos das cidades de Iquique, Antofagasta, Santiago e Punta Arenas.
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