Os regimes da Nicarágua e da Rússia assinaram um roteiro para o uso de energia atômica para fins pacíficos, segundo informaram nesta segunda-feira autoridades nicaraguenses.
“Este instrumento está alinhado com as bases legais para a cooperação no uso da energia atômica para fins pacíficos. Com a assinatura do roteiro, são traçadas as diretrizes para avançar no campo da cooperação das aplicações não energéticas de tecnologias nucleares e radiológicas”, declarou o regime da Nicarágua.
Nicarágua e Rússia já haviam concordado em cooperar no campo da energia atômica em dezembro de 2021, embora só em outubro passado o ditador nicaraguense, Daniel Ortega, tenha autorizado a assinatura de um roteiro.
O regime da Nicarágua espera que a cooperação russa fortaleça “as capacidades dos profissionais, especialmente no campo da medicina, da energia hidráulica, geotérmica e eólica”.
O roteiro foi assinado pela embaixadora da Nicarágua na Rússia, Alba Azucena Torres, e pelo diretor-executivo da corporação estatal de energia atômica russa Rosatom, Alexey Likhachev, no âmbito da XII Conferência Internacional Atomexpo, a maior exposição russa sobre energia atômica, detalhou o Ministério das Relações Exteriores da Nicarágua.
“Avançamos no fortalecimento de nossas relações de amizade, cooperação, solidariedade e paz em benefício mútuo, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos nicaraguenses”, acrescentou a chancelaria nicaraguense.
A Nicarágua foi ex-aliada da Rússia durante o primeiro regime sandinista (1979-1990), liderado por Daniel Ortega, que desde que voltou ao poder em 2007 tem mostrado sua proximidade com o líder russo Vladimir Putin, a quem apoiou no reconhecimento das regiões separatistas georgianas da Abecásia e da Ossétia do Sul, bem como na invasão da Ucrânia.
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