O governo do Peru espera fortalecer a relação com o Brasil durante o futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, vencedor no domingo do segundo turno das eleições presidenciais do país.
A vitória do oponente do atual presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, foi destacada hoje pela vice-presidente peruana, Dina Boluarte, e pelo ministro do Trabalho, Alejandro Salas, um dia após mensagem enviada pelo chefe de Estado, Pedro Castillo.
Boluarte, que também é ministra do Desenvolvimento e Inclusão Social do Peru, defendeu que é a hora de peruanos e brasileiros trabalharem por “uma agenda de unidade, pelo futuro da Amazônia e por um mundo de paz”.
“Parabenizo pela vitória de nosso irmão e o querido povo brasileiro por um novo caminho de esperança e democracia”, indicou a vice-presidente, em referência ao êxito de Lula.
“Salas, por sua vez, disse que o próximo governo será “em pensamento e linha política, muito semelhante” ao de Castillo, no Peru.
Lula assumirá a presidência brasileira pela terceira vez, após ter ocupado a chefia de Estado entre 2003 e 2010.
Pedro Castillo e sua liderança no Peru
Presidente do Peru desde 2021, Pedro Castillo alcançou incríveis 71% de taxa de rejeição em menos de um ano de mandato. Suas políticas de governança e os escândalos de corrupção são as causas diretas para a crise generalizada em seu governo. A procuradoria-geral do Peru apresentou ao Parlamento uma acusação de associação criminosa contra Castillo, que mesmo nesse curto período já foi alvo de 15 inquéritos, sendo o primeiro presidente da história do Peru a ser denunciado durante o exercício do mandato.
Apesar das acusações e esforços da procuradora-geral do Peru, Patricia Benavides, a constituição peruana garante imunidade ao presidente até o fim do seu mandato em julho de 2026.
Além do próprio Pedro Castillo, o partido do presidente contribui para a situação quase insustentável do seu governo. O Ministério Público investiga a ligação entre o Peru Libre e o grupo terrorista Sendero Luminoso, declarado oficialmente como Partido Comunista do Peru, responsável por inúmeras mortes e incidentes no país e com laços estreitos com o Foro de São Paulo.
O interesse estrangeiro na disputa eleitoral brasileira de 2022 e a atuação do Foro de São Paulo no continente foi tratada pelo Epoch Times e o canal NTD no recente documentário “As Eleições do Fim do Mundo”, disponível abaixo:
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