Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
A nova aliança de direita “Patriotas pela Europa”, fundada pelo primeiro-ministro conservador húngaro Viktor Orban, atingiu o limite para formar um grupo político oficial no Parlamento Europeu, sendo o partido populista italiano liderado por Matteo Salvini o mais recente a aderir.
O Patriotas pela Europa, que busca reduzir a imigração e transferir o poder de Bruxelas para os governos nacionais, garantiu, em 6 de julho, a adesão do Partido Popular Dinamarquês, de direita, e do Vlaams Belang Flamengo, de tendência semelhante, atingindo o limite exigido. O requisito mínimo para formar um grupo político na assembleia é de 23 membros do Parlamento Europeu de sete países.
Em 8 de julho, Salvini anunciou que seu partido Liga havia se juntado ao Patriotas pela Europa, e parece que o partido francês Reagrupamento Nacional, liderado por Marine Le Pen, pode se juntar a ele.
“O Patriotas pela Europa continua a crescer”, disse Zoltan Kovacs, porta-voz de Orban, em 8 de julho, em duas postagens separadas e quase idênticas no X, anteriormente conhecido como Twitter, nas quais ele observou que o novo grupo está prestes a se tornar a terceira maior força no Parlamento Europeu, atrás do conservador Partido Popular Europeu e da Aliança Progressista de Socialistas e Democratas.
Kovacs observou em uma postagem que o Reagrupamento Nacional de. Le Pen havia se juntado ao grupo Patriotas pela Europa, acrescentando 30 de seus membros do Parlamento Europeu ao grupo. Le Pen ainda não confirmou a notícia.
Em uma segunda potagem, o porta-voz de Orban disse que a Liga de Salvini havia aderido, acrescentando oito legisladores do Parlamento Europeu à mistura.
Salvini disse em uma postagem no X que ele espera que o novo grupo seja uma força significativa de mudança no cenário político europeu, muitas vezes de esquerda.
“Hoje, após um longo trabalho, nasceu o grande grupo Patriots, junto com a Liga em Bruxelas, que será decisivo para mudar o futuro da Europa”, escreveu ele.
Com a adição dos legisladores de Salvini — e potencialmente de Le Pen — ao grupo de Orban, o Patriotas pela Europa está a caminho de ultrapassar os Conservadores e Reformistas Europeus da primeira-ministra italiana Giorgia Meloni.
Orban anunciou pela primeira vez sua intenção de formar o movimento político Patriotas pela Europa em uma coletiva de imprensa em 30 de junho, em Viena, prometendo ajudar a inaugurar “uma nova era” que “mudará a política europeia” e deslocará Bruxelas para a direita.
O líder húngaro viajou a Viena para apresentar a aliança Patriotas pela Europa de seu partido Fidesz com o Partido da Liberdade da Áustria, liderado por Herbert Kickl, e o partido ANO do ex-primeiro-ministro tcheco Andrej Babis. Orban fez o anúncio um dia antes de a Hungria assumir a presidência rotativa da União Europeia por seis meses.
Um “manifesto patriótico para um futuro europeu”, assinado pelos três líderes partidários, busca combater os planos de “um estado central europeu” e promete “priorizar a soberania em vez do federalismo, a liberdade em vez de ditames e a paz”.
“O que os europeus querem são três coisas: paz, ordem e desenvolvimento”, disse Orban por meio de um intérprete no evento de 30 de junho. “E o que eles estão recebendo da elite em Bruxelas hoje é guerra, migração e estagnação.
“Nosso objetivo é, e acreditamos que isso acontecerá, que em pouco tempo esse será o grupo de direita mais forte do Parlamento Europeu.”
Cinco outros partidos — o Partido da Liberdade, do holandês Geert Wilders, que é um incendiário anti-Islã, o partido de direita Chega, de Portugal, o partido Vox, da Espanha, o Partido Popular Dinamarquês e o partido nacionalista flamengo Vlaams Belang — aderiram posteriormente. Em 8 de julho, eles foram seguidos pelo partido de Salvini e, potencialmente, pelo partido de Le Pen.