Alemanha estuda obrigar testes a passageiros vindos de países em risco

27/07/2020 15:56 Atualizado: 27/07/2020 15:56

Por EFE

Berlim, 27 jul – O ministro de Relações Exteriores da Alemanha, Helge Braun, admitiu nesta segunda-feira que é favorável a uma rigidez maior no combate à importação de casos de infecção pelo novo coronavírus de países que estão sendo considerados como de risco, como os Estados Unidos.

Segundo o integrante do governo, está sendo avaliada a introdução de testes obrigatórios de detecção do patógeno nos aeroportos, que seriam feitos em passageiros provenientes desta zona vermelha de alerta, como forma de evitar uma segunda onda de casos no território alemão.

Em entrevista à emissora de televisão “RBB”, Braun admitiu preocupação com o “claro aumento” do contágio nos últimos dias na Alemanha. Além disso, o ministro lamentou que os exames voluntários só alcancem uma parte da população que já é mais cuidadosa e está adotando medidas para não se infectar ou não propagar o coronavírus.

A aplicação de testes em passageiros vindos de países do exterior com número alto de casos, já havia sido defendida pelo ministro da Saúde, Jans Spahn. A ideia ganhou apoio entre lideranças parlamentares, como Alexander Dobrindt, dos conservadores bávaros (CSU), e Christian Lindner, do lideral FDP.

Ao todo, 130 países são classificados pelo Instituto Robert Koch (RKI), a agência pública de epidemiologia, como de risco, entre eles, Estados Unidos, Turquia e Israel. Luxemburgo, por sua vez, é o único da União Europeia que tem essa classificação.

Na última sexta-feira, o Ministério da Saúde já entrou em acordo com os estados federados da Alemanha, para que os passageiros vindos destas regiões, que desejarem ser submetidos a testes de voluntários, ficariam liberados do período obrigatório de quarentena, caso dessem negativo para o novo coronavírus.

Nas últimas 24 horas, segundo o RKI, que não contabiliza os casos de todas as regiões do país, houve 340 casos de infecção. Na última semana, a média foi de 800.

Apoie nosso jornalismo independente doando um “café” para a equipe.

Veja também: