Alemanha desconsidera adotar novas medidas rigorosas para conter pandemia

02/09/2020 12:19 Atualizado: 02/09/2020 12:19

Por EFE

Berlim, 2 set – O ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, afirmou nesta quarta-feira que “não haverá novamente medidas generalizadas” como em março para conter a pandemia da Covid-19 e especificou que “responderão local e regionalmente” a possíveis surtos.

Durante entrevista coletiva para apresentar o programa de investimentos com o qual o governo pretende modernizar e digitalizar hospitais, Spahn reconheceu que medidas como o fechamento de lojas e a restrição de visitas a residências com o que hoje se sabe sobre o vírus podem não ter sido necessários.

Ao mesmo tempo, defendeu, “na situação em que se encontrava a situação do vírus”, as medidas introduzidas em março como “necessárias” para a proteção de todos e sobretudo dos mais vulneráveis.

“Fechar escolas, creches e lojas e proibir visitas a residências foram decisões difíceis”, reconheceu.

Hoje, sabe-se que o distanciamento, as medidas de higiene e o uso de máscara onde a distância recomendada não pode ser mantida “fazem realmente a diferença”, afirmando em seguida que “a melhor arma contra o vírus talvez banal, mas funciona”.

Trata-se de conhecer e aprender mais sobre o vírus e como conviver com ele, acrescentou.

“Hoje somos capazes de compreender melhor o vírus do que em março e tenho certeza que em três, seis meses saberemos fazer isso melhor ainda”, disse.

O ministro afirmou que se a Alemanha está lidando tão bem com esta crise, é em grande parte graças ao trabalho dos hospitais, que “adaptaram suas estruturas”, aumentando e reservando leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para possíveis infecções.

“Médicos, enfermeiras e funcionários de hospitais têm feito um trabalho excelente e estão se preparando para o outono e inverno (europeu) e para qualquer evolução da pandemia”, acrescentou.

Spahn disse que a pandemia mostrou como é importante um sistema de saúde “funcional e robusto”.

O ministro destacou que a pandemia também evidenciou os déficits do sistema de saúde, principalmente no que diz respeito à digitalização, acrescentando que embora existam diferenças entre os estados federados, pode-se dizer em linhas gerais que os investimentos realizados até agora “não cobriram as necessidades”.

O objetivo é oferecer aos hospitais serviços de emergência modernos, soluções digitais e o mais alto grau de segurança cibernética.

Apoie nosso jornalismo independente doando um “café” para a equipe.

Veja também: