Por Bruna de Pieri, Terça Livre
Um dos maiores jornais da Alemanha, o Die Welt, obteve evidências de que o Ministério do Interior alemão contratou cientistas do instituto Robert Koch e de várias universidades para justificar os lockdowns no país. As informações foram divulgadas no último domingo, 7.
Os documentos com mais de 200 páginas recuperadas após uma batalha judicial com o Instituto Koch revelam correspondência interna entre o Ministério do Interior e os pesquisadores.
Nas páginas divulgadas pelo jornal, o secretário de Estado Markus Kerber pede aos pesquisadores que desenvolvam um modelo no qual possam basear “medidas preventivas e repressivas”.
Em apenas quatro dias os cientistas – trabalhando em estreita coordenação com o ministério – desenvolveram um documento que descreveu o “pior cenário” em que mais de um milhão de pessoas na Alemanha poderiam morrer de Covid-19 se a vida social continuasse como foi antes da pandemia.
Com base nas terríveis projeções, o estado alemão respondeu com mudanças legislativas abrangentes em leis antigas para promulgar medidas rígidas – incluindo os bloqueios sem precedentes que começaram em março.
Isso gerou uma enxurrada de ações judiciais questionando a constitucionalidade das medidas, que vão desde a perda de renda ao isolamento de idosos, passando pela obrigatoriedade de que as pessoas permaneçam em suas casas e evitem locais públicos, o que viola os “direitos fundamentais de liberdade pessoal”.
Em resumo, as autoridades alemãs teriam pago ao Instituto Koch e outros centros de pesquisas para produzir estudos referentes a uma “pandemia terrível” e os usaram para promulgar leis inconstitucionais que agora estão sendo derrubadas pelos tribunais.
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