Por Jack Phillips
Oficiais alemães eleitos estão considerando tornar as vacinas contra a COVID-19 obrigatórias para todos, dias após o governo austríaco anunciar uma medida semelhante.
O chanceler austríaco, Alexander Schallenberg, anunciou na semana passada que as vacinas contra a COVID-19 seriam obrigatórias a partir de 1º de fevereiro de 2022, porque o governo “não conseguiu convencer pessoas suficientes a serem vacinadas”.
A medida pareceu motivar o primeiro-ministro da Baviera, Markus Soder, a afirmar que as autoridades alemãs deveriam impor uma exigência de vacinação semelhante.
“Como na Áustria, temos que discutir a necessidade de uma exigência de vacinação para todos a partir do segundo semestre do próximo ano”, declarou Soder.
No entanto, Heiko Maas, o ministro das Relações Exteriores da Alemanha e um dos principais membros dos Social Democratas, afirmou na sexta-feira, que as obrigatoriedades de vacinação ao estilo austríaco “não acontecerão”.
“Não as vemos como necessárias e pensamos que seriam prejudiciais em termos de nossa constituição”, relatou ao Bild.
O debate sobre a vacinação obrigatória ocorre no momento em que a Alemanha presencia um aumento nos casos da COVID-19, nos últimos dias. Na quinta-feira, o país registrou um aumento diário de 65.371 novas infecções, segundo dados da agência de saúde do Instituto Robert Koch.
A Alemanha, com 67,5% de vacinados, possui uma taxa de vacinação maior que a dos Estados Unidos, que atualmente está em torno de 59,1%, de acordo com o Centro Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.
Na semana passada, a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que mais restrições seriam impostas nos estados alemães que excedem o limite de nove hospitalizações por 100.000 pessoas.
“A situação atual da pandemia na Alemanha é dramática, não posso dizer de outra forma”, afirmou aos prefeitos na quarta-feira, segundo reportagens. “Seria um desastre agir apenas quando as unidades de terapia intensiva estiverem lotadas, porque então seria tarde demais”.
Enquanto isso, o governo austríaco confirmou na semana passada que uma paralisação nacional será imposta por até 20 dias, começando em 22 de novembro.
Na semana passada, as autoridades colocaram milhões de pessoas que não foram totalmente vacinadas, inicialmente em confinamento, uma medida que agora foi estendida a toda a população, independentemente do status de vacinação. Schallenberg afirma que medidas de isolamento e ordens de vacinação são necessárias para evitar uma “quinta onda”, referindo-se a um aumento dos casos na semana passada.
O país registrou mais de 10.000 novos casos de infecções por dia, um novo recorde.
Devido às restrições, protestos eclodiram em toda a Áustria, onde mais de 35.000 pessoas foram às ruas de Viena, no sábado e no domingo.
No sábado, muitos agitaram bandeiras austríacas enquanto carregavam cartazes com slogans como “sem vacinação”, “já chega” ou “abaixo a ditadura fascista”. As autoridades afirmaram que a multidão em Viena chegou a cerca de 35.000.
Com informações de Lorenz Duchamps.
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