Por Jack Phillips
Os líderes da Alemanha anunciaram, na quinta-feira, que haverá restrições para pessoas não vacinadas, enquanto as autoridades afirmam que apoiarão os planos de vacinação obrigatória nos próximos meses.
A chanceler alemã, Angela Merkel, declarou que as pessoas que não foram vacinadas contra a COVID-19 serão excluídas de lojas não essenciais, de locais culturais e de entretenimento. O Bundestag, o parlamento alemão, também vai considerar uma ordem nacional de vacinação, acrescentou.
“A situação em nosso país é séria”, declaoru Merkel a repórteres, afirmando que as novas medidas são um “ato de solidariedade nacional”.
A chanceler alemã afirmou que o uso de máscaras será obrigatório nas escolas e haverá restrições às reuniões privadas. As pessoas vacinadas, acrescentou Merkel, perderão sua condição de vacinadas nove meses após receberem a última injeção.
“Entendemos que a situação é muito grave e queremos aplicar mais medidas além das já adotadas”, relatou Merkel, que deixará o cargo em breve, a repórteres. “Temos que quebrar a quarta onda e isso ainda não foi alcançado”, acrescentou.
Numerosos estudos demonstraram que pessoas totalmente vacinadas continuam tendo a capacidade de transmitir e contrair a COVID-19, embora algumas autoridades da saúde afirmem que as vacinas possuem melhor eficácia contra sintomas graves, hospitalização e morte. Na quinta-feira, o Departamento de Saúde de Minnesota confirmou que o segundo caso americano da variante Ômicron da COVID-19 foi em um indivíduo totalmente vacinado.
Os críticos dos sistemas de passaportes de vacinação, os quais têm gerado protestos semanais em toda a Europa, alegaram que dessa maneira cria-se, injustamente, uma sociedade de duas camadas: pessoas vacinadas e não vacinadas. Preocupações foram levantadas sobre se os passaportes de vacinação poderiam ser expandidos para se tornar um sistema de “crédito social” e se a coleta massiva de dados de vacinação poderia violar os direitos individuais de privacidade.
Nas últimas semanas, a Áustria e a Grécia também anunciaram que a vacinação será obrigatória para todos com mais de 60 anos. Aqueles que se recusarem enfrentarão multas por cada mês que passar, afirmou o governo grego no início da semana.
No entanto, essas regras podem ser estendidas a outros países da União Europeia, declarou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na quarta-feira.
“Dois ou três anos atrás, eu nunca teria pensado em testemunhar o que vemos agora, que temos essa … pandemia, temos as vacinas, as vacinas que salvam vidas, mas não estão sendo usadas adequadamente em todos os lugares”, von der Leyen afirmou, acrescentando que as autoridades da UE têm que “potencialmente pensar sobre a vacinação obrigatória”.
Em seu discurso, Merkel relatou que a medida de vacinação obrigatória entraria em vigor em fevereiro de 2022 e afirmou que votaria a favor da regra se ainda estivesse no Parlamento.
Segundo a agência de saúde alemã, cerca de 68,7% da população do país está totalmente vacinada.
Na semana passada, os Estados Unidos emitiram uma advertência às viagens para a Alemanha, mediante ao aumento do número de casos da COVID-19 no país. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos agora consideram a Alemanha no “Nível 4: Muito Alto” e pedem aos americanos que evitem viajar para lá.
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