O Grupo de Apoio ao Islã e aos Muçulmanos (GAIM), afiliado da Al Qaeda no Sahel, reivindicou a responsabilidade pelos ataques ao Exército do Mali ocorridos nesta terça-feira (10), que deixaram um saldo de 14 militares mortos, entre os quais os jihadistas garantem há cinco integrantes do grupo russo Wagner.
Em comunicado distribuído pelo seu braço de propaganda Az-Zallaqa a que a Agência EFE teve acesso, o grupo jihadista afirma que uma viatura militar pisou em um dispositivo que explodiu entre as localidades de Kumara e Macina, no centro do país, que provocou a morte e ferimento de vários militares.
Depois, afirma, os terroristas realizaram uma emboscada e explodiram mais três dispositivos. Após os confrontos, o grupo Al Qaeda reporta 12 militares mortos, dos quais afirma que cinco cadáveres eram brancos e pertenciam ao grupo russo de mercenários Wagner, que opera no país africano.
Os terroristas afirmam ter incendiado dez viaturas militares e que se apropriaram de duas delas, além de espingardas, munições e uma arma pesada, em um ataque em que relatam cinco mortos entre as suas fileiras.
As Forças Armadas do Mali anunciaram hoje um saldo de 14 militares mortos em dois ataques ocorridos na última terça na zona, bem como outros 31 alegados terroristas mortos.
O Mali, com a presença de grupos jihadistas leais ao Estado Islâmico e à Al Qaeda, sofre de grande insegurança, principalmente no centro e norte do seu território com inúmeros ataques terroristas.
O país é governado por uma junta militar após dois golpes liderados pelo coronel Assimi Goita, que se recusou a convocar eleições em fevereiro do ano passado, como prometido, e se ofereceu para realizá-las em fevereiro de 2024.
Desde fevereiro do ano passado, as tensões entre Mali e a França – ex-colonizador e líder de várias missões antiterroristas – e, portanto, com a União Europeia, aumentaram ao ponto do governo francês ter decidido retirar suas tropas.
A principal razão para isso é a aproximação da junta militar do Mali à Rússia, país do qual ela depende para adquirir equipamentos militares.
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