O homem que na sexta-feira agrediu a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, no centro de Copenhague comparecerá diante de um juiz neste sábado, informou a polícia.
“Na audiência no tribunal de Frederiksberg, o juiz decidirá se há motivos para a prisão preventiva do homem que foi detido após o episódio, que ocorreu perto da praça Kultorvet”, detalha um comunicado.
A audiência está programada para começar por volta das 13h locais (9h em Brasília).
As autoridades dinamarquesas não forneceram mais detalhes sobre o ataque ou possíveis motivos, embora o gabinete da primeira-ministra tenha dito que Frederiksen ficou “chocada” com o que aconteceu.
Testemunhas oculares disseram ao tabloide “BT” que um homem empurrou Frederiksen, que cambaleou, mas não caiu no chão.
O incidente provocou inúmeras reações de condenação e solidariedade por parte de membros do governo dinamarquês e dos líderes dos principais partidos políticos.
“Isso não é a Dinamarca. Não atacamos nossos primeiros-ministros. Envio meus melhores pensamentos para Mette”, escreveu o vice-presidente e ministro da Defesa, o liberal Troels Lund Poulsen, na rede social X.
Outros líderes, incluindo os primeiros-ministros de Portugal e da Itália e o presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, também enviaram mensagens de apoio a Frederiksen.
“Mette Frederiksen é uma líder comprometida, uma pessoa maravilhosa e uma grande amiga. O ataque que ela sofreu nesta noite é um ataque contra todos nós que acreditamos em uma Europa de liberdade, tolerância e paz”, publicou Sánchez na sexta-feira na mesma rede social.
Mette Frederiksen, de 46 anos, é chefe de governo desde junho de 2019: a primeira legislatura, à frente de uma coalizão de centro-esquerda; e desde dezembro de 2022, à frente de um Executivo de centro com dois grupos de direita.