Agentes do FBI no centro das investigações sobre Trump e Clinton: Obama ‘quer saber tudo que estamos fazendo’

07/02/2018 16:39 Atualizado: 07/02/2018 16:39

As mensagens de texto enviadas entre o agente do FBI, Peter Strzok, e a advogada do FBI, Lisa Page, revelam que o presidente Barack Obama queria saber tudo sobre o que estavam trabalhando.

Na troca de correspondência, Strzok e Page discutem a preparação de pontos de discussão para o então diretor do FBI, James Comey, que estava informando Obama.

Obama queria “saber tudo o que estamos fazendo”, escreveu Page para Strzok numa das mensagens obtidas pela Fox News.

As mensagens estavam entre milhares de mensagens de texto obtidas primeiramente pelo inspetor-geral do Departamento de Justiça (DOJ), e agora estão nas mãos do Congresso dos Estados Unidos.

Strzok foi o principal agente do FBI na investigação da agência sobre o uso por Hillary Clinton de um servidor privado e inseguro de e-mail e sobre a suposta colusão entre Donald Trump e a Rússia.

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Mais tarde, Strzok se tornou parte da equipe do conselheiro-especial Robert Mueller, mas foi demitido no ano passado depois que as mensagens de texto emergiram.

As mensagens mostram que Strzok e Page têm um nítido viés em favor de Clinton e um desdém geral por Trump e seus apoiadores.

Embora não seja estranho que um presidente em exercício seja informado dessas investigações de alto perfil, isso suscita preocupações de que Obama poderia estar envolvido pessoalmente nelas e implicado em qualquer atividade inapropriada ou ilegal que fazia parte dessas investigações.

A investigação do FBI sobre se Clinton havia enviado informações confidenciais quando era secretária de Estado sob Obama usando um servidor privado de e-mail tornou-se talvez o maior obstáculo em sua corrida presidencial. E a narrativa ainda não comprovada de que Trump conluiou com a Rússia para ganhar as eleições tornou-se um dos principais argumentos de ataque contra Trump.

O diretor do FBI, James Comey, testemunhou sob juramento perante o Comitê de Inteligência do Senado em 8 de junho de 2016 que a procuradora-geral de Obama, Loretta Lynch, havia instruído Comey para descrever a investigação sobre Clinton como um “assunto” em vez de uma “investigação criminal”.

Um gráfico que mostra a rede de conexões para prevenir Trump de se tornar presidente e deslegitimá-lo uma vez que ele estivesse no cargo. Para ver a imagem ampliada, clique aqui (The Epoch Times)
Um gráfico que mostra a rede de conexões para prevenir Trump de se tornar presidente e deslegitimá-lo uma vez que ele estivesse no cargo. Para ver a imagem ampliada, clique aqui (The Epoch Times)

“Isso me preocupou porque essa linguagem se alinhava com a maneira como a campanha [de Hillary Clinton] estava falando sobre o trabalho do FBI e isso é preocupante”, disse Comey.

Também foi revelado que Comey elaborou a declaração de exoneração de Clinton bem antes da conclusão da investigação do FBI e inclusive antes que testemunhas-chave, incluindo a própria Clinton, fossem entrevistadas.

Strzok estava entre os agentes que fizeram alterações no esboço da declaração de exoneração que Comey apresentou em julho de 2016.

Outros agentes do FBI removeram uma referência a Obama do esboço da declaração de Comey, de acordo com uma carta enviada pelo presidente do Comitê de Segurança Interna e Assuntos Governamentais, o senador Ron Johnson (R-Wis.), ao diretor do FBI, Christopher Wray.

Em 2015, Obama foi forçado a retrair uma declaração de que ele não sabia sobre Clinton ter usado um servidor privado de e-mail até que isso se tornou público.

Obama, de fato, enviou várias vezes à Clinton para seu endereço privado de e-mail, admitiu Josh Earnest, o porta-voz da Casa Branca de Obama, em março de 2015. Essa admissão sugere que, como Clinton, Obama poderia ter sido culpado de manipulação indevida de informações secretas, comunicando-as por meio de canais inseguros. Se Obama fosse culpado no manejo de informações secretas em suas comunicações com Clinton, isso poderia ter influenciado a decisão de não processar Clinton pelo mesmo crime.

Os documentos do FBI publicados em setembro de 2016 também revelaram que Obama usou um pseudônimo quando se comunicava com Clinton por e-mail.

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