Agentes do FBI me algemaram e me jogaram contra a parede durante invasão, afirma fundador do Projeto Veritas

"Se eles podem fazer isso comigo, eles farão com qualquer um"

10/11/2021 23:43 Atualizado: 11/11/2021 06:59

Por Jack Phillips 

Fundador do Projeto Veritas, James O ‘Keefe, respondeu à uma busca de fim de semana do FBI em seu apartamento, durante uma entrevista na segunda-feira, afirmando que os agentes o algemaram e o jogaram contra a parede.

Em seus primeiros comentários públicos sobre o assunto, O’Keefe confirmou a operação do FBI em sua casa, em Westchester County, Nova Iorque, depois que vizinhos relataram à mídia no fim de semana, contando que agentes apareceram em sua porta no sábado. Os agentes também fizeram buscas nas casas dos associados do Projeto Veritas, um dia antes, O’Keefe confirmou em um vídeo postado no canal do Veritas no YouTube.

“Acordei para um ataque antes do amanhecer”, O’Keefe afirmou ao apresentador da Fox News, Sean Hannity. “Bateram em minha porta, fui até lá para atender e haviam 10 agentes do FBI com um aríete, luzes brancas cegantes, eles me viraram, me algemaram e me jogaram contra o corredor. Eu estava parcialmente vestido na frente dos meus vizinhos. Eles confiscaram meu telefone. Eles invadiram meu apartamento”.

Na semana passada, O’Keefe declarou que as casas dos associados do Veritas foram invadidas após o grupo supostamente receber o diário desaparecido da filha do presidente Joe Biden, Ashley. Nunca foi publicado, afirmou.

Seu telefone continha anotações de repórteres de fontes não relacionadas ao diário de Ashley Biden, bem como informações confidenciais de doadores, relatou O’Keefe. Os agentes passaram cerca de duas horas revistando seu apartamento, e dois de seus telefones foram confiscados.

“Este é um ataque à Primeira Emenda pelo Departamento de Justiça”, afirma. “Ouvi dizer que ‘o processo é a punição’. Eu realmente não entendi o que isso significava até este fim de semana. E Sean, eu não desejaria isso a nenhum jornalista”, continuou.

O advogado de O’Keefe, Paul Calli, que apareceu ao lado do fundador do Projeto Veritas na entrevista, declarou que o Project Veritas pagou supostos informantes pelo diário para o “direito de publicar o material”. Mas, em vez disso, o grupo o entregou às autoridades locais, acrescentou.

O’Keefe então acrescentou que os jornalistas precisam se posicionar contra a suposta perseguição do FBI ao seu grupo.

“Uma fonte chega até nós com informações, eu nem decidi publicar. Se eles podem fazer isso comigo, se eles podem fazer isso com este jornalista e invadir minha casa e tirar minhas anotações de repórter, eles farão isso com qualquer jornalista”, comentou O’Keefe. “Trata-se de algo muito fundamental neste país. Não sei em que direção este país está indo. Mas os jornalistas em todos os lugares têm que se rebelar porque não infringimos nenhuma lei aqui. Se eles podem fazer isso comigo, eles farão com qualquer um”.

Em um comunicado no YouTube, na sexta-feira, O’Keefe afirma que foi instruído em uma acusação do grande júri para não discutir a busca do FBI, mas decidiu se manifestar depois que repórteres do New York Times contataram repórteres do Projeto Veritas para comentários, dentro de uma hora após os ataques serem realizados. Ele então questionou como o NY Times obteve informações sobre as buscas e sobre o que elas se tratavam.

O Epoch Times entrou em contato com o FBI para comentar.

No fim de semana, um porta-voz do FBI confirmou que “uma ação de aplicação da lei autorizada pelo tribunal” foi realizada “em prol de uma investigação em andamento” em resposta às perguntas sobre a investigação realizada na casa de O’Keefe.

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