Agenda Socialista: López Obrador defende criação na América Latina de “algo semelhante” à UE

24/07/2021 21:32 Atualizado: 24/07/2021 21:32

Por Agência EFE

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, propôs neste sábado a criação de “algo semelhante” à União Europeia (UE) na América Latina durante o início da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

“A proposta não é nem mais nem menos do que construir algo semelhante à União Europeia, mas algo de acordo com a nossa história, nossa realidade e nossas identidades”, disse o presidente, aos representantes de 33 países da região, no Castillo de Chapultepec, na Cidade do México.

A reunião de hoje da Celac, da qual o México é presidente pro tempore, visa buscar mecanismos para obter mais vacinas contra a covid-19 para a região e chegar a um acordo sobre uma posição comum latino-americana antes da próxima cúpula do G20.

Mas o presidente mexicano aproveitou para solicitar a substituição da Organização dos Estados Americanos (OEA) e propor um novo modelo de integração para a região.

“Nesse espírito, não deve ser descartada a substituição da OEA por um órgão verdadeiramente autônomo, não lacaio de ninguém, mas mediador, a pedido e aceitação das partes em conflito”, afirmou.

López Obrador não detalhou sua proposta para um novo mecanismo de integração, que fez durante a comemoração do 238º aniversário de Simón Bolívar, o libertador das Américas.

Ele admitiu que “esta é uma questão complexa, que requer uma nova visão política e econômica”, mas disse que “é uma grande tarefa para bons diplomatas e políticos, como os que felizmente existem em todos os países do continente”.

“O que aqui se propõe pode parecer uma utopia, porém, deve-se considerar que sem o horizonte de ideais não se pode chegar a lugar nenhum, vamos manter vivo o sonho de Bolívar”, concluiu.

Em seu discurso, López Obrador denunciou que “Washington nunca deixou de realizar operações abertas ou encobertas contra países independentes localizados ao sul do Rio Bravo” e que “a influência da política externa dos Estados Unidos é predominante na América”.

Apesar de suas críticas à política externa dos EUA, o presidente do México pediu aos países latino-americanos “que deixem de lado o dilema de ingressar com os Estados Unidos ou se opor a ele defensivamente”.

“Vamos começar em nosso continente uma relação sob a premissa de George Washington, segundo a qual as nações não devem se aproveitar da desgraça de outros povos”, disse.

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