Lisa Bloom, uma advogada proeminente, estava buscando pagamentos de doadores e organizações de mídia para mulheres que haviam feito alegações de má conduta sexual contra o presidente estadunidense Donald Trump, ou para aquelas que consideravam fazer tais alegações.
A mídia The Hill informou na sexta-feira que em um caso, Bloom arranjou um doador para pagar a hipoteca de uma das acusadoras de Trump.
Em outro caso, Bloom tentou vender a história de uma mulher para organizações de mídia.
Uma mulher recebeu até US$ 750 mil para apresentar alegações, informou The Hill, com base em documentos contratuais, e-mails e mensagens de texto. Por fim, as mulheres decidiram não aceitar a oferta.
Essas revelações bombásticas põem sérias dúvidas nas alegações que foram feitas contra Trump.
A própria Bloom também se beneficiou financeiramente com o acordo, embolsando até 33% do dinheiro que as mulheres receberam por aparições na mídia, de acordo com The Hill.
Leia também:
• Mídia dá a Donald Trump cobertura presidencial mais negativa em 25 anos
• Trump alerta sobre a ‘enfermidade’ nas instituições dos EUA
• Projeto Veritas expõe viés anti-Trump do Washington Post
The Hill também informou que os e-mails e mensagens de texto mostraram que “Bloom expressou forte aversão por Trump”.
Uma troca de mensagens de texto entre Bloom e uma mulher mostrou que os comitês de ação política (PACs) que apoiam Hillary Clinton foram contatados durante os esforços de angariação de dinheiro.
Quando contatada pelo The Hill, Bloom recusou-se a nomear os doadores. Ela alegou que não estava em contato com a campanha de Clinton, mas se recusou a informar a mídia se estava em contato com os super PACs que apoiaram a então candidata presidencial democrata Hillary Clinton.
Embora Bloom tenha defendido mulheres em casos de assédio de destaque no passado, ela também defendeu celebridades polêmicas acusadas de irregularidades.
No início deste ano, ela representou o magnata de Hollywood Harvey Weinstein, que já foi acusado por mais de 50 mulheres de comportamento sexual impróprio.
Bloom também representou Kathy Griffin após demonstrações de indignação pública por uma foto-filmagem que ela fez com uma falsa cabeça cortada e ensanguentada representando o presidente Trump. Griffin foi investigada pelo Serviço Secreto após o incidente.
Bloom é filha de Gloria Allred, que também representou mulheres que fizeram alegações contra Trump.
Allred também representou uma das mulheres que acusaram Roy Moore, um candidato republicano ao Senado, de má conduta sexual. Uma inscrição de anuário apresentada por Allred como prova foi questionada depois que a acusadora Beverly Young Nelson disse duas semanas atrás que ela havia escrito parte da mensagem.
O presidente Trump referiu-se a Allred na sexta-feira retrasada, 8 de dezembro, numa manifestação em Pensacola, Flórida, dizendo, “Gloria Allred, sempre que vocês virem-na, podem estar certos que algo está errado.”
Trump disse que as acusações contra ele foram fabricadas e que ele nunca conheceu qualquer das mulheres em questão.
Despite thousands of hours wasted and many millions of dollars spent, the Democrats have been unable to show any collusion with Russia – so now they are moving on to the false accusations and fabricated stories of women who I don’t know and/or have never met. FAKE NEWS!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) December 12, 2017