Acordo UE-Mercosul está próximo de conclusão, afirma presidente da Comissão Europeia

Ursula von der Leyen destaca potencial para criação de mercado de 700 milhões de pessoas, mas desafios como resistência francesa ainda persistem.

Por Redação Epoch Times Brasil
05/12/2024 14:08 Atualizado: 05/12/2024 14:08

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou na quinta-feira (5) que o acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul está próximo de ser concluído.

Ela destacou o potencial para a criação de um mercado de 700 milhões de pessoas.

Em uma postagem em seu perfil no X, von der Leyen declarou: “Touchdown na América Latina. A linha de chegada do acordo UE-Mercosul está à vista. Vamos trabalhar, vamos cruzá-la. Temos a chance de criar o maior mercado comercial e de investimentos que o mundo já viu. Ambas as regiões se beneficiarão”.

Von der Leyen chegou à América do Sul para participar da Cúpula do Mercosul, que ocorre em Montevidéu, Uruguai.

A expectativa é de que o evento possa marcar a conclusão das negociações de um acordo que vem sendo discutido há mais de duas décadas.

O tratado visa a eliminação de tarifas e barreiras comerciais, facilitando o fluxo de mercadorias e investimentos entre os blocos.

O acordo UE-Mercosul tem sido apontado como uma oportunidade de expansão econômica para ambas as regiões. Ele integrará um mercado amplo que permitirá o acesso facilitado a produtos e serviços.

A Comissão Europeia estima que, uma vez concluído, o tratado abrirá novos horizontes para uma parceria comercial de impacto mundial.

O potencial econômico de países como Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai é visto como um dos principais pontos positivos do acordo.

Porém, desafios ainda permanecem, especialmente dentro do bloco europeu.

Há resistência por parte de alguns países, em particular da França, que manifestam preocupações sobre o impacto do acordo nas práticas agrícolas e ambientais.

A presidência francesa classificou o acordo como “inaceitável” em seu atual formato.

Argumenta-se que ele poderia comprometer as exigências ambientais e de produção sustentável que são rigorosamente adotadas pela União Europeia.

A ratificação do acordo dependerá da aprovação dos parlamentos de todos os países membros da União Europeia e do Mercosul.

Caso o acordo seja de fato ratificado, será um marco histórico nas relações comerciais entre a Europa e a América do Sul.