Acordo comercial entre Equador e China está “praticamente fechado”, diz Lasso

Por agência efe e renato pernambucano
14/12/2022 20:10 Atualizado: 14/12/2022 20:10

O presidente do Equador, Guillermo Lasso, assegurou nesta quarta-feira que as negociações com a China para selar um acordo de livre-comércio está “praticamente fechado”, o que significaria mais de US$ 1 bilhão adicionais em exportações para o seu país.

Durante a inauguração da 15ª Cúpula Empresarial China-LAC (América Latina e Caribe), Lasso recordou que em fevereiro conversou com o ditador chinês, Xi Jinping, sobre a possibilidade de negociar um acordo.

“Uma negociação altamente eficiente foi realizada em menos de dez meses e posso confirmar que o acordo está praticamente fechado”, disse o chefe de Estado.

Lasso acrescentou que “o Equador será o quarto país da América Latina a ter um acordo de livre-comércio com a China”.

Além disso, o presidente disse que os interesses dos setores industriais do Equador “foram levados em conta”, o que garante a proteção dos postos de trabalho da indústria manufatureira.

O acordo inclui também um capítulo sobre comércio eletrônico para promover as exportações das pequenas e médias empresas.

“O potencial imediato do acordo excede US$ 1 bilhão adicionais em exportações. Com isto, 1,4 bilhão de consumidores na China poderão desfrutar dos nossos excelentes produtos”, enfatizou.

Por outro lado, Lasso detalhou que os consumidores equatorianos se beneficiarão de produtos de alta tecnologia, insumos, ferramentas, veículos e maquinaria com melhores preços.

O chefe de Estado recordou também que na sua viagem à China pediu a Xi para renegociar contratos de pré-venda de petróleo “feitos por um governo anterior”.

Lasso disse ter explicado que “negociadores sem escrúpulos usaram o seu país para prejudicar o Equador”.

“Os contratos que nos ligavam à China foram renegociados e agora temos mais petróleo que podemos vender em dinheiro no mercado mundial. Conseguimos também renegociar a dívida do Equador com o gigante asiático, o que produziu uma economia de quase US$ 1,4 bilhão, que serão investidos, sobretudo, no setor social”, acrescentou, ressaltando os “bons laços econômicos e amigáveis” da China com o Equador.

Aumento de 51% nas vendas

A balança comercial entre Equador e China “aumentou em um ritmo acelerado”, observou, detalhando que de janeiro a setembro as exportações equatorianas para a China totalizaram US$ 4,448 bilhões, superando a marca de 2021, quando o Equador exportou US$ 3,623 bilhões.

“Espera-se que até o final deste ano as exportações cresçam 51% em comparação com 2021”, analisou, ao recordar que a China é um dos principais parceiros comerciais do Equador e mercado para camarão, cacau, café e flores, entre outros produtos.

A China fornece matérias-primas, insumos e bens de capital, disse Lasso, enquanto o ministro das Relações Exteriores, Juan Carlos Holguín, comentou que desde maio a China tem sido o “principal parceiro comercial do Equador”, substituindo os Estados Unidos.

Na primeira produção nacional da NTD Brasil e Epoch Times Brasil, o documentário “As Eleições do Fim do Mundo”, temas como a influência do Partido Comunista Chinês, suas ambições e projetos de poder tanto para o Brasil quanto para a América Latina, foram detalhados e contribuem para um entendimento do que está em jogo. O documentário pode ser acessado nos links abaixo:

Entre para nosso canal do Telegram

Assista também: