O diretor executivo da Meta – controladora de Facebook, Instagram e WhatsApp – Mark Zuckerberg, está “muito interessado em desempenhar um papel ativo” nas políticas tecnológicas do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, segundo Nick Clegg, presidente de assuntos globais da Meta, disse à imprensa nas últimas horas.
Zuckerberg jantou na semana passada com Trump em sua propriedade em Mar-a-Lago (Palm Beach, Flórida) e, embora Clegg tenha alegado não poder fornecer informações sobre as conversas, ele indicou que o CEO da Meta estava “agradecido” pelo convite e que é “um momento importante para o futuro da inovação americana”.
“Mark está muito interessado em desempenhar um papel ativo nas discussões que qualquer administração necessita sobre a manutenção da liderança dos EUA na esfera tecnológica, o que, claro, é tremendamente importante dadas todas as incertezas geoestratégicas no mundo e particularmente o papel fundamental que desempenhará a inteligência artificial (IA) atuará nesse cenário”, disse Clegg.
Zuckerberg investiu pesado na criação da própria IA da Meta e poderá ser afetado negativamente pela união entre Trump e Elon Musk, dono da rede social X.
Musk, a pessoa mais rica do mundo atualmente, tornou-se um dos principais conselheiros do republicano depois de dedicar milhões de dólares à sua campanha de reeleição.
Trump também já havia dito que não baniria o TikTok, outro grande concorrente das redes Meta, ao retornar à Casa Branca.
Clegg também disse que “os erros na moderação de conteúdos continuam muito altos” e se comprometeu a “melhorar a precisão e a exatidão”.
“Muitas vezes, conteúdo inofensivo é removido ou restringido e muitas pessoas são penalizadas injustamente”, comentou.
A Meta admitiu este ano que implementou filtros de moderação de conteúdo excessivamente exigentes durante a pandemia.
Em agosto, Zuckerberg escreveu uma carta ao presidente do Comitê Judiciário da Câmara de Representantes, Jim Jordan, acusando o governo de Joe Biden de pressionar Meta a censurar postagens sobre a COVID-19 durante a pandemia.