O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump deu um grande passo para conseguir a candidatura pelo Partido Republicano à presidência do país, ao levar a melhor em disputas importantes na chamada Superterça, um dia em que vários estados americanos realizam primárias partidárias.
De acordo com as primeiras estimativas da imprensa americana, o político republicano será vencedor no Texas, onde estão em disputa 161 delegados da legenda. Quem tiver acumulado ao menos 1.215 até a convenção nacional do partido, que será realizada de 15 a 18 de julho, será nomeado candidato.
Trump enfrenta apenas a ex-embaixadora dos EUA na ONU Nikki Haley nas primárias, após desistências de outros concorrentes nas primeiras etapas da corrida pela candidatura.
Além do Texas, outros 14 estados e um território dos EUA foram às urnas nesta terça-feira nas primárias dos partidos Republicano e Democrata.
Entre eles, o que tem mais delegados em disputa entre os republicanos é a Califórnia (169).
Trump também venceu Haley na Superterça em Alabama, Arkansas, Carolina do Norte, Colorado, Maine, Massachusetts, Minnesota, Oklahoma, Tennessee e Virgínia.
Até as 23h50 (horário de Brasília), ainda não havia projeção de vencedor na disputa republicana em Alasca, Califórnia, Utah e Vermont.
Apesar dos bons resultados de terça-feira, Trump ainda terá de somar delegados para conseguir matematicamente a indicação – ele chegou para a disputa com 273, contra 43 de Haley, por ter vencido a maioria das primeiras primárias, sendo derrotado por ela apenas no Distrito de Columbia.
No total, 865 delegados republicanos serão definidos nesta terça, o que representa 35,6% do total das primárias.
Caso continue com a tendência de vitórias na Superterça, ele pode garantir a candidatura republicana já no próximo dia 12, quando 161 delegados serão distribuídos em primárias em estados como Geórgia (59) e Washington (43), ou no dia 19, quando 414 delegados estarão em disputa em estados como Flórida (125) e Ohio (79).
Entre as vitórias que Trump obteve nesta terça, chamou a atenção a que ele conseguiu no Colorado, depois que a Suprema Corte decidiu ontem que o ex-presidente poderia concorrer nas primárias no estado, onde um tribunal havia determinado sua proibição, invocando um artigo da Constituição, por participação no ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio. Na ocasião, uma onda de apoiadores dele invadiu a sede do Congresso para tentar impedir a ratificação da vitória de Joe Biden.