A conta no Twitter do vigilante do jornalismo investigativo sem fins lucrativos, Project Veritas, é a mais recente a ser restabelecida, depois que a plataforma de mídia social foi assumida por Elon Musk.
“Obrigado @ElonMusk por restabelecer a conta do Project Veritas no Twitter e por defender o verdadeiro jornalismo investigativo”, escreveu o grupo em um post na plataforma em 21 de novembro.
O Projeto Veritas, liderado por James O’Keefe desde 2011, “investiga e expõe corrupção, desonestidade, autonegociação, desperdício, fraude e outras más condutas em instituições públicas e privadas para alcançar uma sociedade mais ética e transparente”, de acordo com seu site.
“Como uma empresa legalmente reconhecida e com relatórios completos, o Project Veritas é a organização sem fins lucrativos mais eficaz no cenário nacional, ponto final”, acrescenta o site.
O Twitter suspendeu a conta do Projeto Veritas em fevereiro de 2021, depois que O’Keefe compartilhou um vídeo do vice-presidente do Facebook, Guy Rosen, sobre as políticas do site de mídia social.
No vídeo, Rosen admitiu durante uma reunião interna do Facebook que a gigante da tecnologia tem um sistema “que é capaz de congelar comentários em tópicos nos casos em que nossos sistemas detectam que pode haver um tópico com discurso de ódio ou violência”.
“Essas são todas as coisas que construímos nos últimos três, quatro anos como parte de nossos investimentos no espaço de integridade, nossos esforços para proteger a eleição”, acrescentou o vice-presidente do Facebook.
FBI lança ataques
Mais tarde, em 2021, agentes do FBI invadiram as casas de O’Keefe e de dois outros funcionários do Project Veritas em meio a uma investigação centrada no suposto roubo de um diário pertencente a Ashley Biden, filha do presidente Joe Biden.
O Project Veritas, que tem travado uma batalha legal contra os mandados de busca, disse que recebeu o diário, mas que não pôde verificar sua autenticidade e acabou decidindo não publicar seu conteúdo.
Na época, os promotores declararam que o Project Veritas “não está envolvido em jornalismo dentro de qualquer definição tradicional ou aceita dessa palavra”. No entanto, foi posteriormente revelado que o FBI considerou o grupo um meio de comunicação de notícias quando abriu sua investigação, em outubro de 2020.
O CEO da Tesla, Elon Musk, iniciou uma série de mudanças no Twitter desde que finalizou seu acordo de $44 bilhões para comprar o site de mídia social, em outubro.
No sábado, o empresário bilionário restabeleceu a conta do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, quase dois anos depois de ele ter sido banido do site, embora o presidente ainda não tenha postado nada e tenha dito anteriormente que não tem planos de voltar ao Twitter, preferindo sua própria plataforma de mídia social, a Truth Social.
A mudança ocorreu depois que Musk fez uma enquete com os usuários do Twitter sobre o assunto por 24 horas. Os resultados mostraram que 51,8% dos usuários queriam que a conta de Trump fosse restabelecida, enquanto 48,2% queriam que o ex-presidente continuasse banido.
“O povo falou. Trump será reintegrado”, disse Musk em um post logo após o encerramento da votação, acrescentando a frase em latim “Vox Populi, Vox Dei”, que se traduz como “a voz do povo, a voz de Deus”.
Zachary Stieber contribuiu para esta notícia.
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