Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
O ex-presidente americano Donald Trump propôs uma modificação na 25ª Emenda da Constituição dos EUA e prometeu uma ordem executiva proibindo funcionários federais de se envolverem em censura doméstica durante um comício de campanha na zona rural de Wisconsin, em 7 de setembro.
Falando em Mosinee, uma comunidade de cerca de 4.500 habitantes, o ex-presidente também comentou sobre os recentes relatos de interferência russa nas eleições de 2024.
Mosinee está localizada no condado de Marathon, uma área solidamente republicana que Trump venceu por 16 pontos percentuais nas eleições de 2016 e 2020.
Wisconsin é um dos sete estados decisivos considerados cruciais para ganhar a presidência este ano.
Trump disse que apoiaria uma modificação da 25ª Emenda para que fosse considerada uma ofensa passível de impeachment se um vice-presidente encobrisse a incapacidade de um presidente em exercício.
Atualmente, a 25ª Emenda dá ao vice-presidente e à maioria do gabinete presidencial o poder de elevar o vice-presidente a presidente interino se considerarem que o presidente não consegue exercer as funções do cargo.
A campanha de Trump alega que o presidente Joe Biden tem governado com uma aparente perda de capacidade física e mental, e que Harris tem conhecimento disso, mas escondeu isso do público.
“Kamala Harris mentiu sobre isso. Meus colegas democratas no Senado mentiram sobre isso. A mídia mentiu sobre isso”, disse o senador JD Vance, candidato a vice-presidente de Trump, em 22 de julho.
Biden retirou-se da corrida presidencial em 21 de julho, após alguns líderes do partido publicamente pressionarem contra sua campanha para um segundo mandato.
Harris, em entrevista televisionada em 30 de agosto, disse que não se arrepende de defender a capacidade mental de Biden.
“Ele tem a inteligência, o comprometimento e o julgamento que acredito que o povo americano merece em seu presidente”, ela afirmou.
A maneira mais comum de emendar a Constituição é com a aprovação de uma emenda por uma maioria de dois terços em ambas as casas do Congresso, que deve então ser ratificada por três quartos das legislaturas estaduais.
Trump também prometeu assinar uma ordem executiva proibindo funcionários federais de “colaborarem para limitar a liberdade de expressão”.
“Vamos demitir todos os burocratas federais que estiverem envolvidos em censura doméstica [sob a administração atual]”, afirmou ele.
Nos últimos anos, o governo federal pressionou empresas de mídia social a bloquear algumas postagens contendo material que considerava controverso, incluindo sobre a COVID-19 e vacinas.
“Vou trazer de volta a liberdade de expressão na América, porque ela foi tirada”, disse Trump.
Trump também comentou sobre os recentes relatos de tentativas da Rússia de influenciar as eleições de 2024, como ocorreu em 2016.
“Vocês viram há três dias, começou de novo”, disse Trump ao público em Mosinee. “O Departamento de Justiça disse que a Rússia pode estar envolvida novamente em nossas eleições”.
Em 4 de setembro, o governo dos EUA apreendeu sites administrados pelo governo russo e apresentou acusações contra dois funcionários da mídia estatal russa.
“Rússia, é a Rússia!”, disse Trump. “E vocês sabem, o mundo todo riu deles desta vez”.
Trump aproveitou o momento para lembrar o público da investigação de quatro anos do FBI, lançada em 2017, para investigar possíveis vínculos entre a campanha presidencial de Trump em 2016 e a Rússia.
O conselheiro especial John Durham examinou a investigação do FBI e, em 2023, concluiu que o FBI carecia de “evidências reais” para investigar a campanha, baseando-se fortemente em informações de oponentes políticos de Trump e sofrendo de viés de confirmação.
“Ninguém foi mais duro com a Rússia na história do que eu”, afirmou o ex-presidente.
Putin recentemente apoiou Harris para a presidência.
O evento em Mosinee foi a última aparição programada de Trump antes de um debate com Harris em 10 de setembro.
A vice-presidente passou o dia em Pittsburgh se preparando para o debate. Ela também fez uma parada em um estabelecimento local para interagir com estudantes, professores e outros membros da comunidade, segundo um comunicado da campanha.
A Associated Press e a Reuters contribuíram para este artigo.