Em 2025, 23 estados e 65 localidades dos Estados Unidos irão implementar aumentos no salário-mínimo. As novas faixas salariais, que entram em vigor em janeiro, irão variar entre US$ 15,00 e US$ 17,00 por hora, com algumas exceções, como na Califórnia e em Nova Jersey, onde os valores serão superiores.
O National Employment Law Project (NELP) estima que cerca de 3 milhões de trabalhadores terão seus salários ajustados diretamente, enquanto 6,2 milhões de outros, com rendimentos mais elevados, sentirão os efeitos indiretos dessa mudança nas estruturas salariais das empresas.
A Califórnia, que elevará o salário de profissionais da saúde para até US$ 23,00, e Nova Jersey, que fixará o piso salarial no setor de cuidados de longo prazo em US$ 18,49, estão entre as localidades com os maiores aumentos.
Em Burien, Washington, o salário-mínimo, que já é superior ao valor estadual (US$ 16,28), será elevado para US$ 21,16 em empresas com 500 ou mais funcionários no Condado de King, estabelecendo o maior piso salarial do país.
Esses reajustes não apenas beneficiarão os trabalhadores diretamente afetados, mas também terão impacto nas faixas salariais mais altas, gerando uma reação em cadeia nas empresas.
Segundo a reportagem, os aumentos proporcionarão uma maior margem financeira aos trabalhadores, permitindo que, além de cobrir as despesas essenciais com mais facilidade, possam também fazer algumas compras discricionárias.
Especialistas, como Yannet Lathrop, do NELP, destacam os benefícios significativos desses reajustes, que podem melhorar a saúde mental e física dos trabalhadores e impactar positivamente a educação das futuras gerações.
Aumento do salário-mínimo provocará elevação nos preços?
Dante DeAntonio, economista da Moody’s Analytics, explicou ao USA Today que os ajustes no salário-mínimo não têm causado um impacto considerável na inflação, em parte porque a quantidade de trabalhadores que recebem ou estão abaixo do salário-mínimo é relativamente pequena.
De acordo com Ryan Sweet, economista-chefe dos EUA na Oxford Economics, os reajustes anuais do salário-mínimo em janeiro geraram um aumento na inflação no início do ano, mas não alteraram significativamente o ritmo de crescimento dos preços nos meses subsequentes.