A bancada do Partido Republicano, majoritária na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, convocou na quarta-feira (17) a diretora do Serviço Secreto, Kimberly Cheatle, para depor perante um comitê parlamentar em relação ao atentado cometido no último sábado contra o ex-presidente Donald Trump.
O presidente do Comitê de Supervisão da Câmara, James Comer, afirmou que Cheatle havia inicialmente se comprometido a comparecer, mas disse que isso agora está “em questão” após uma suposta intervenção de funcionários do Departamento de Segurança Nacional, que é responsável pelo Serviço Secreto.
Ele disse que o Serviço Secreto demonstrou “falta de transparência e falta de cooperação com o Comitê”.
A intimação foi feita no mesmo dia em que o presidente da Câmara, Mike Johnson, pediu a renúncia de Cheatle e classificou o atentado na cidade de Butler, no estado da Pensilvânia, como “indesculpável”.
Trump foi atingido na orelha direita durante um comício antes que atiradores de elite do Serviço Secreto abatessem o responsável pelo atentado, um jovem de 20 anos cujos motivos ainda são desconhecidos.
O jovem atirou de um telhado a cerca de 130 metros do palanque do comício, mas fora do perímetro de segurança determinado pelo Serviço Secreto, momentos depois que várias pessoas alertaram a polícia sobre sua presença suspeita em um prédio baixo.
O promotor do condado de Butler, Richard Goldinger, disse nesta quarta-feira que a polícia local informou ao Serviço Secreto que não tinha recursos para proteger o prédio, de acordo com o jornal “The Washington Post”.