Vários integrantes do Partido Republicano opinaram nesta quinta-feira (30), que o indiciamento do ex-presidente americano Donald Trump é uma “caça às bruxas”, e avisaram que a população dos Estados Unidos “não o tolerará”.
“A população americana não tolerará esta injustiça, e a Câmara dos Representantes fará prestar contas o (procurador) Alvin Bragg e o seu abuso de poder sem precedentes”, disse o presidente da Câmara, Kevin McCarthy.
Para o congressista conservador, o procurador “danificou de forma irreparável o país, em uma tentativa de interferir nas eleições presidenciais”.
A senadora Lindsey Graham, uma aliada da Trump envolvida em outro dos processos judiciais do ex-presidente – a tentativa de inverter os resultados das eleições presidenciais de 2020 no estado da Geórgia – também criticou a acusação.
Graham, que conversou por telefone com Trump após a notícia ter sido divulgada, disse em entrevista ao jornal “The Washington Post” que o ex-presidente lhe disse que “estão usando a lei como arma”, argumentação com a qual a senadora concordou.
No entanto, ela se distanciou da ideia de convocar protestos contra o indiciamento, algo que o próprio ex-presidente fez há pouco mais de uma semana, quando disse que esperava ser preso.
Ronna McDaniel, presidente do Comitê Nacional Republicano, concordou que esta é uma decisão de motivação política.
“Quando o nosso sistema de justiça é utilizado como um instrumento político, coloca todos em risco. Isto é um flagrante abuso de poder por parte de um procurador distrital centrado na vingança política, em vez de manter as pessoas seguras”, comentou no Twitter.
Para o congressista conservador Jim Jordan, presidente do Comitê Judiciário da Câmara, o que aconteceu é simplesmente “escandaloso”, segundo postou em redes sociais.
Mitch McConnell, o líder dos conservadores no Senado, principal nome da oposição a Trump dentro Partido Republicano e alvo frequente de críticas do ex-presidente, ainda não comentou as notícias.
Os democratas, entretanto, insistiram que “ninguém está acima da lei”, como declarado pelo congressista Jamaal Bowman em comunicado.
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