Acompanhado pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em seu clube em Mar-a-Lago, na Flórida, o presidente da Câmara de Representantes do país, Mike Johnson, anunciou nesta sexta-feira que está estudando um projeto de lei que, segundo ele, visa proteger as eleições de novembro do voto de pessoas que não têm cidadania americana.
Johnson disse em uma entrevista coletiva que o projeto de lei, se aprovado, exigiria prova de cidadania para quem quiser votar.
O presidente da Câmara admitiu que a iniciativa parece ser de “senso comum”, mas argumentou que a apresentou em resposta à crise de imigração ilegal vivida no país.
Durante a coletiva, Johnson e Trump voltaram a atacar o Partido Democrata e o governo do presidente Joe Biden, a quem acusaram de manter uma política de fronteiras abertas.
“Por que eles fariam isso, por que permitiriam esse caos, a violência, porque querem transformar essas pessoas em eleitores”, enfatizou Johnson.
Trump continuou com os argumentos de sua conhecida política anti-imigração ilegal e novamente pediu o fechamento da fronteira dos EUA com o México. “Temos milhões de pessoas entrando em nosso país, milhões e milhões entrando (…) e acho que já poderíamos ter 15 milhões (dentro), e alguns deles são terroristas”, afirmou.
O ex-presidente disse que entre os milhões de imigrantes que entram ilegalmente nos EUA, há aqueles que “vêm de prisões, de instituições mentais e manicômios”.
“Eles vêm de todas as partes do mundo, não apenas da América do Sul”, enfatizou.
Trump referiu-se, nesse contexto, ao anúncio da Venezuela de que a taxa de criminalidade caiu 67% em seu território.
“Isso porque eles pegaram os membros das gangues, os líderes, e muito gentilmente os depositaram nos Estados Unidos”, alegou.
“A verdade e a transparência são fundamentais para garantir a confiança do público em nossas eleições e devem ser uma meta bipartidária que todos nós compartilhamos”, disse a campanha do ex-presidente.
Antes de se reunir com Trump, Johnson disse a jornalistas que estava procurando o Congresso para “ter certeza absoluta de que qualquer pessoa que vote seja realmente um cidadão americano”.
“Precisamos garantir que a lei federal seja clara sobre essa questão e garantir que tenhamos de fato integridade eleitoral, porque essa é a maior preocupação do povo americano no momento”, acrescentou.