Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
O homem que disparou vários tiros durante um comício na Pensilvânia no sábado, atingindo o ex-presidente Donald Trump no ouvido e matando um dos participantes, não era afiliado a nenhum ramo das forças armadas dos EUA, de acordo com um porta-voz do Pentágono.
A vice-secretária de imprensa do Departamento de Defesa (DOD, na sigla em inglês), Sabrina Singh, disse aos repórteres em uma coletiva de imprensa em 15 de julho que não havia registro de alistamento para o atirador, Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, que foi morto por um franco-atirador depois de disparar seu rifle AR contra o ex-presidente.
“Confirmamos com cada um dos ramos do serviço militar que não há nenhuma afiliação ao serviço militar para o suspeito com esse nome ou data de nascimento em qualquer ramo ativo ou componente da reserva em seus respectivos bancos de dados”, disse Singh.
O porta-voz acrescentou que o Pentágono não planeja fazer nenhuma alteração em sua postura militar após a tentativa de assassinato de Trump.
“Posso confirmar que não houve mudanças em nossa postura de força”, disse ela, acrescentando que cerca de 1.700 soldados da Guarda Nacional e um pequeno número de pessoal da ativa estão fornecendo apoio de segurança às autoridades civis para a Convenção Nacional Republicana em Milwaukee.
Além de ferir o ex-presidente Trump, o atirador matou um pai de dois filhos e deixou outros dois homens feridos.
Corey Comperatore, um ex-chefe dos bombeiros de 50 anos, foi atingido por uma bala e morreu. David Dutch, de New Kensington, Pensilvânia, e James Copenhaver, de Moon Township, Pensilvânia, ficaram feridos, mas foram registrados como estáveis no domingo.
“Como disse a secretária Austin no sábado, esse tipo de violência não tem absolutamente nenhum lugar em nossa democracia”, disse Singh. “Não é assim que resolvemos nossas diferenças nos Estados Unidos, ponto final.”
O que mais se sabe sobre o atirador?
O atirador deixou poucas pistas, e o FBI tratou o incidente como um possível ato de terrorismo doméstico.
Os registros indicam que o Sr. Crooks era um eleitor republicano registrado na Pensilvânia. No entanto, os relatórios financeiros da campanha mostram que ele doou US$15 para o ActBlue, um comitê de ação política progressista, em 20 de janeiro de 2021, dia da posse do presidente Joe Biden.
Durante uma busca do FBI na casa e no veículo do Sr. Crooks, os técnicos de bombas tornaram seguros os dispositivos suspeitos, que agora estão sendo avaliados no Laboratório do FBI, disse um porta-voz ao Epoch Times em 14 de julho.
A arma de fogo usada no ataque, descrita como um rifle do tipo AR, foi comprada legalmente. O Sr. Crooks não era conhecido pelas autoridades policiais e o FBI acredita que ele agiu sozinho.
Os agentes federais estão trabalhando para reconstruir a sequência de eventos e os movimentos do atirador antes do tiroteio. Eles estão coletando evidências, conduzindo entrevistas e examinando o telefone e outros dispositivos eletrônicos do Sr. Crooks.
O FBI também está analisando as dicas enviadas após o tiroteio, incluindo fotografias e vídeos da cena do crime, alguns dos quais mostram o Sr. Crooks usando uma camiseta do “Demolition Ranch”, um canal popular do YouTube relacionado a armas.
Os vizinhos e a família do Sr. Crooks não responderam às perguntas da mídia.
A família Crooks está cooperando com a investigação do FBI, de acordo com Kevin Rojek, o agente especial encarregado do escritório do FBI em Pittsburgh.
O Sr. Crooks, que se formou na Bethel Park High School em 2022, trabalhou em uma casa de repouso como auxiliar de alimentação.
Vários alunos que frequentaram a mesma escola de ensino médio que o Sr. Crooks, inclusive um que conversou com um repórter do Epoch Times no domingo, disseram que o Sr. Crooks sofria bullying rotineiramente na escola.
Jack Phillips e Zachary Stieber contribuíram para esta reportagem.
