Os Estados Unidos proibiram a entrada de 500 pessoas ligadas ao governo de Daniel Ortega na Nicarágua por “minar as instituições democráticas” no país centro-americano, anunciou nesta segunda-feira o secretário de Estado americano, Antony Blinken.
Entre os sancionados estão membros das forças de segurança nicaraguenses – incluindo a Polícia Nacional -, funcionários penitenciários, juízes, promotores, professores e outros envolvidos na “repressão e corrupção do regime”, bem como suas famílias, disse Antony em um comunicado, sem no entanto revelar nomes.
“Nenhum membro do governo nicaraguense ou alguém que facilite os abusos do regime deve pensar que pode viajar livremente para os Estados Unidos”, acrescentou.
O bloqueio de vistos para esses 500 indivíduos é baseado em uma ordem presidencial que “suspende a entrada nos Estados Unidos de membros do governo da Nicarágua e outros que se beneficiam do enfraquecimento das instituições democráticas” do país centro-americano.
Também hoje, o Departamento do Tesouro americano anunciou bloqueios aos ativos e transações nos Estados Unidos por parte da Direção Geral de Minas do governo nicaraguense e de Lenín Cerna, um assessor de Ortega.
O presidente americano, Joe Biden, também assinou nesta segunda uma nova ordem executiva que permite a seu governo ampliar as sanções contra o governo Ortega e a vice-presidente e primeira-dama, Rosario Murillo.
Blinken disse que as medidas foram tomadas porque “o regime acelerou as ações este ano para desestabilizar a sociedade civil, aumentar a cooperação de segurança com a Rússia e silenciar vozes independentes”.
“Os Estados Unidos, juntamente com seus aliados, acreditam que o retorno à democracia e o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais na Nicarágua são essenciais”, afirmou o secretário de Estado.
A Direção Geral de Minas, ligada ao Ministério de Energia e Minas da Nicarágua, tem sido utilizada pelo governo Ortega para administrar o setor de mineração, contornando as sanções que Washington impôs em junho à Empresa Nicaraguense de Minas (Eniminas), um órgão estatal.
O Departamento do Tesouro americano acusa as autoridades nicaraguenses de utilizar os lucros da produção e venda de ouro para “oprimir o povo nicaraguense” e até mesmo “apoiar a invasão da Ucrânia pela Rússia”
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