Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
O ex-nadador olímpico Michael Phelps convocou o Congresso em 25 de junho para confrontar a Agência Mundial Antidoping (WADA, na sigla em inglês) sobre a suposta trapaça chinesa.
“O Congresso continua a consolidar sua considerável influência sobre a WADA para tornar a organização independente e eficaz. Não pode ser coincidência que a WADA tenha sucumbido mais uma vez às pressões do esporte internacional”, disse Phelps em seu testemunho inicial perante uma audiência do subcomitê de Energia e Comércio da Câmara dos Deputados que examinou as medidas antidoping antes das Olimpíadas deste ano.
A função da WADA é garantir que os atletas olímpicos não tenham ingerido substâncias ilegais que lhes dariam uma vantagem injusta.
O Sr. Phelps, que detém o recorde de maior número de medalhas de ouro olímpicas (23), criticou a situação atual.
“Amigos próximos foram potencialmente afetados pela falha da WADA em seguir suas próprias regras na investigação de quase duas dúzias de testes positivos em nadadores chineses”, disse ele.
Phelps estava se referindo às recentes revelações de que a WADA permitiu que 23 nadadores chineses competissem nas Olimpíadas de Tóquio em 2021, embora os nadadores tivessem testado positivo para um medicamento cardíaco proibido. Cinco dos nadadores chineses ganharam medalhas nos jogos, incluindo três ouros.
“Peço a vocês, membros do Congresso, que se engajem na luta contra o doping”, disse Phelps. “Podemos defender os valores de justiça e integridade que são a pedra angular do esporte olímpico e paralímpico, para garantir que todos os atletas, independentemente de onde sejam, tenham a oportunidade de competir de forma justa e realizar seus sonhos.”
O Sr. Phelps foi acompanhado pelo CEO da Agência Antidoping dos EUA, Travis Tygart, e pela ex-nadadora olímpica Allison Schmitt.
Assim como o Sr. Phelps, o Sr. Tygart pediu ao Congresso que tomasse medidas contra a WADA, como colocar condições no financiamento dos EUA para a organização sediada em Montreal. Os Estados Unidos deram à WADA cerca de US$3,7 milhões em 2024.
Comitê da Câmara busca respostas
Em uma carta de 21 de maio carta ao Procurador Geral Merrick Garland e ao Diretor do FBI Christopher Wray, o Comitê Seleto da Câmara sobre o Partido Comunista Chinês observou que a China deu à WADA US$ 2 milhões a mais do que a contribuição anual exigida nos dois anos anteriores ao escândalo da natação.
A WADA não puniu os 23 nadadores chineses que testaram positivo e, em vez disso, dependeu de uma investigação chinesa sobre o assunto.
A China disse que os testes positivos foram causados por contaminação na cozinha do hotel onde os nadadores se hospedaram antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio. A Agência Antidoping dos EUA disse que a explicação “não passa no teste do olfato”. O governo dos EUA solicitou uma investigação independente sobre os nadadores.
O Departamento de Justiça e o FBI não responderam a uma solicitação do The Epoch Times para comentar a carta.
Em uma carta separada, de 21 de maio, endereçada ao presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, os membros do Congresso pediram que o COI tomasse “medidas rápidas, decisivas e totalmente transparentes para abordar” o escândalo de doping chinês e seu suposto encobrimento.
“Quando o sistema antidoping é comprometido, os atletas limpos sofrem as consequências, e seus anos de dedicação e trabalho árduo são ofuscados pelo espectro das alegações de doping”, afirma a carta.
“Como o COI responderá a esse escândalo afetará diretamente os Jogos Olímpicos deste verão e sua promessa de jogo limpo que une atletas de todo o mundo.”
O COI não respondeu a uma solicitação do Epoch Times para comentar a carta.
Os Jogos Olímpicos de Verão serão realizados em Paris entre 26 de julho e 11 de agosto.
A Associated Press contribuiu para esta reportagem.