Agentes do FBI abriram uma investigação criminal sobre o acidente do navio Dali, que derrubou a ponte Francis Scott Key e causou a morte de seis operários da construção civil, segundo informaram autoridades americanas ao jornal The Washington Post.
Nesta segunda-feira, agentes do FBI abordaram o navio cargueiro Dali que colidiu e destruiu a ponte do porto de Baltimore, em 26 de março.
“O FBI está presente a bordo do navio Dali e conduz atividade policial autorizada por um tribunal”, disse em um comunicado um porta-voz do FBI em Baltimore, Maryland.
O Dali, navio de 300 metros de comprimento com bandeira de Singapura, saía do porto de Baltimore com destino ao Sri Lanka quando colidiu, na madrugada de 26 de março, com um dos pilares do segmento central da ponte sobre o rio Patapsco.
Seis trabalhadores que realizavam manutenção na ponte morreram no desabamento da ponte e a investigação foi liderada pelo Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB, na sigla em inglês), uma agência governamental independente.
A ação do FBI indica que a investigação procura possíveis causas criminais no acidente fatal.
Fontes anônimas citadas por vários meios de comunicação americanos indicam que na madrugada desta segunda-feira três barcos chegaram ao Dali e agentes embarcaram no navio, que ainda está preso sob uma massa de aço.
O jornal The Washington Post indicou que quase meia hora depois, cerca de 12 pessoas, vestidas com roupas escuras, chegaram em um barco menor e embarcaram no Dali.
A diretora do NTSB, Jennifer Homendy, disse na semana passada que os investigadores da agência concentraram sua atenção no sistema de energia elétrica do navio, que saiu do curso e pode ter falhado pouco antes de atingir um dos pilares da ponte.
Por sua vez, o prefeito de Baltimore, Brandon Scott, anunciou hoje que a cidade iniciou procedimentos legais e chegou a um acordo com um escritório de advocacia “para que os responsáveis sejam responsabilizados”.
“A cidade de Baltimore tomará medidas decisivas para responsabilizar todas as entidades responsáveis pela tragédia, incluindo o proprietário, armador, gestor ou operador e o fabricante do Dali, bem como quaisquer outros terceiros potencialmente responsáveis”, acrescentou o prefeito.