Diretora do Serviço Secreto dos EUA pede demissão após críticas sobre segurança de Trump

Por Agência de Notícias
23/07/2024 12:21 Atualizado: 23/07/2024 12:21

A até então diretora do Serviço Secreto dos Estados Unidos, Kimberly Cheatle, renunciou nesta terça-feira (23) após críticas devido aos erros na segurança do comício em Butler, Pensilvânia, no qual o ex-presidente Donald Trump sofreu uma tentativa de assassinato.

A rede NBC noticiou, citando três fontes familiarizadas com o assunto, que a renúncia ocorreu após vários apelos de legisladores para que ela deixasse o cargo.

Ontem, Cheatle compareceu a um comitê da Câmara dos Representantes e afirmou que a tentativa de assassinato contra o ex-presidente Donald Trump representou a “maior falha operacional” da agência “em décadas”.

Cheatle assumiu “total responsabilidade” pelo lapso na “segurança” de sua agência e garantiu que está cooperando com as investigações em andamento sobre o atentado.

A oposição republicana havia pedido a renúncia de Cheatle, responsável pela agência encarregada da segurança de Trump.

Trump foi ferido por uma bala em uma orelha enquanto participava de um comício em Butler, Pensilvânia. O atirador havia subido no telhado de um prédio a cerca de 140 metros do ex-presidente, embora estivesse fora do perímetro de segurança.

Testemunhas haviam alertado, dois minutos antes dos disparos, sobre a presença suspeita do agressor, um jovem de 20 anos cujos motivos ainda são desconhecidos e que foi abatido por agentes do Serviço Secreto.

Durante a audiência, os republicanos protestaram contra a recusa de Cheatle em responder à maioria de suas perguntas, alegando que há várias investigações em andamento com as quais o Serviço Secreto está colaborando para esclarecer o que falhou na operação.

O Departamento de Segurança Interna (DHS), ao qual o Serviço Secreto é subordinado, anunciou neste domingo o início, por ordem do presidente Joe Biden, de uma investigação independente sobre o ocorrido, com membros dos dois partidos, que deve ser concluída em um prazo de 45 dias.

A investigação será composta, entre outros, por Janet Napolitano, ex-secretária de Segurança Interna com Barack Obama (2009-2017), e Frances Townsend, ex-assessora de Segurança Nacional de George W. Bush (2001-2009).