Departamento de Comércio dos EUA coloca 4 empresas na lista negra por treinarem pilotos militares chineses

Por Andrew Thornebrooke
04/07/2024 09:29 Atualizado: 04/07/2024 09:29
Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.

Os Estados Unidos estão colocando quatro empresas na lista negra por ajudarem no treinamento e desenvolvimento das forças armadas chinesas.

Duas das empresas estão localizadas na China e duas estão localizadas no Reino Unido, de acordo com um aviso emitido pelo Departamento de Comércio.

A Global Training Solutions e a Smartech Future da China, bem como a Grace Air e a Livingston Aerospace do Reino Unido, serão adicionadas à lista de restrições comerciais do departamento devido ao seu relacionamento com a Test Flying Academy da África do Sul, que, segundo a postagem, treinou forças militares chinesas usando fontes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

“Essa atividade é contrária à segurança nacional e aos interesses da política externa dos Estados Unidos”, diz a declaração.

O Departamento de Comércio afirma que as ações são necessárias para evitar que o conhecimento e a tecnologia americanos sejam explorados pela China comunista, oficialmente chamada de República Popular da China (RPC).

“Evitar que o know-how americano treine pilotos militares da RPC e que a tecnologia dos EUA ajude a Rússia aumenta a segurança nacional dos EUA”, disse o secretário assistente de comércio Matthew Axelrod em uma declaração preparada em 2 de julho.

O departamento também colocou duas empresas dos Emirados Árabes Unidos (EAU) na lista negra por burlarem as regras comerciais e entregarem produtos americanos à Rússia.

A Test Flying Academy da África do Sul (TFASA, na sigla em inglês) disse que o Departamento de Comércio havia se envolvido em um “assédio injusto” contra a empresa por mais de uma década devido à recusa da empresa em divulgar as informações pessoais daqueles com quem fazia negócios.

“A TFASA sempre obedeceu à lei em toda e qualquer jurisdição em que opera, e consultas extensas com consultores jurídicos nessas jurisdições confirmam isso”, disse a empresa em um comunicado.

“A imposição das restrições é uma determinação arbitrária e não implica que qualquer crime tenha sido cometido. Dessa forma, a TFASA não emprega nenhum cidadão americano e nenhuma de suas atividades envolve cidadãos, empresas, mercadorias, transbordos ou serviços americanos.”

As empresas que desejam enviar produtos e tecnologia dos EUA para as empresas da Lista de Entidades precisam obter licenças para isso. Os exportadores dos EUA também precisam realizar diligência prévia adicional antes de enviar itens para empresas da Lista Não Verificada relacionada e podem ter que solicitar mais licenças.

O Departamento de Comércio também adicionou 13 empresas à sua Lista Não Verificada, incluindo oito da China, porque os oficiais de controle de exportação dos EUA não puderam concluir as visitas in loco para determinar se elas eram confiáveis para receber tecnologia e outros produtos de origem americana.

Ao mesmo tempo, o departamento removeu oito empresas da Lista Não Verificada, incluindo seis da China, uma dos Emirados Árabes Unidos e uma da Rússia.

A Reuters contribuiu para esta reportagem.