Câmara dos EUA aprova lei que ensina sobre as tragédias do comunismo

A legislação procura educar a juventude americana sobre os perigos das ideologias comunistas e totalitárias, permitindo que os sobreviventes contem as suas histórias em primeira mão.

Por Stacy Robinson
11/12/2024 14:13 Atualizado: 11/12/2024 14:13
Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times. 

WASHINGTON — A Câmara aprovou no dia 6 de dezembro o Crucial Communism Teaching Act (Lei Crucial de Ensino sobre o Comunismo) com 327 votos a favor e 62 contra. O projeto de lei, apresentado pela deputada Maria Elvira Salazar (R-Fla.) e co-patrocinado por 33 membros da Câmara, busca abordar uma lacuna no sistema educacional relacionada à história do comunismo.

“O comunismo é uma das ideologias políticas mais destrutivas que o mundo já viu”, disse a deputada Salazar ao reintroduzir o projeto de lei no início deste ano.

“O Crucial Communism Teaching Act é importante porque nossa juventude precisa lembrar os crimes dos comunistas, incluindo os infligidos aos meus eleitores e suas famílias no 27º distrito da Flórida.”

Ela apresentou o projeto pela primeira vez em setembro de 2021, mas ele não foi levado a votação naquela ocasião.

Especificamente, o projeto visa educar os estudantes americanos sobre o fato de que “o comunismo levou à morte de mais de 100.000.000 de vítimas em todo o mundo” e que “1.500.000.000 de pessoas ainda sofrem sob regimes comunistas”.

Antes da votação, o deputado Danny Burgess (R-Fla.) alertou que muitos jovens foram ensinados a ver o comunismo como algo desejável, observando que um relatório recente indicou que “metade dos estudantes da geração Z desconhece que o Partido Comunista Chinês (PCCh) é responsável por mais mortes do que a Alemanha nazista.”

Ele também afirmou que mais de um quarto dos jovens da geração Z veem o comunismo de forma favorável e que 20% acreditam que é um sistema melhor do que o capitalismo.

O currículo será desenvolvido pela Fundação Memorial às Vítimas do Comunismo, uma entidade criada por voto unânime do Congresso em 1993, durante o governo do presidente Bill Clinton.

“Os estudantes americanos merecem saber a verdade: o comunismo não é uma promessa de um futuro mais equitativo—é uma ideologia brutal que contraria a democracia e os princípios fundamentais sobre os quais nossa nação foi fundada,” disse Ken Pope, CEO da Fundação Memorial às Vítimas do Comunismo.

A legislação exige que o novo programa educacional discuta “certas ideologias políticas, incluindo comunismo e totalitarismo, que conflitam com os princípios de liberdade e democracia essenciais à fundação dos Estados Unidos.”

Ela também inclui uma série histórica oral chamada Portraits in Patriotism (Retratos no Patriotismo), com histórias de sobreviventes de regimes comunistas. Os autores do projeto de lei afirmaram que querem que esses sobreviventes descrevam o contraste entre a vida sob esses sistemas políticos e a vida nos Estados Unidos.

Durante o debate na Câmara antes da aprovação, o deputado Bobby Scott (D-Va.) criticou o projeto por ser “muito restrito” e não abordar questões mais importantes, como “lacunas de desempenho” e educação acessível.

Scott também afirmou que o projeto “ignora lições históricas importantes,” pois não menciona diretamente o fascismo nem aborda iniciativas como o Comitê de Atividades Antiamericanas da Câmara.

Essa iniciativa, associada ao ex-senador Joseph McCarthy, buscava erradicar o comunismo nos Estados Unidos no século XX, mas é amplamente vista hoje como excessivamente autoritária em sua abordagem.