O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tentou nesta segunda-feira (13), tranquilizar os correntistas americanos, alegando que o sistema bancário do país “é seguro” e garantindo que os clientes dos bancos Silicon Valley Bank e Signature Bank receberão seus depósitos.
“Seus depósitos estarão lá quando precisarem”, disse Biden em um breve pronunciamento a jornalistas um dia depois de órgãos reguladores lançarem um plano para proteger os depósitos do Silicon Valley Bank (SVB) após o colapso desse banco e do de outra instituição bancária, o Signature Bank.
“Os americanos podem confiar que o sistema bancário é seguro (…) Em minha administração, nada e ninguém está acima da lei”, acrescentou.
O SVB, sediado no estado da Califórnia, anunciou na última quarta-feira que estava buscando uma ampliação de capital para tentar lidar com dificuldades financeiras que o levaram a alienar investimentos no valor de cerca de US$ 21 bilhões, com um prejuízo de cerca de US$ 1,8 bilhão.
Esse anúncio levou muitos clientes a uma corrida para sacar seus recursos, e reguladores tiveram que fechar o banco na sexta-feira devido à falta de liquidez. O preço das ações da empresa tombou, o que, por sua vez, afetou o setor bancário nos Estados Unidos e em outros países.
O Departamento do Tesouro, o Federal Reserve (Fed) e a Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) anunciaram no domingo que os clientes terão acesso a partir desta segunda-feira a todo o dinheiro depositado no SVB e prometeram um plano semelhante para o Signature Bank.
Biden disse que os gestores desses bancos “serão demitidos” e enfatizou, como os reguladores haviam dito no dia anterior, que os acionistas não serão protegidos.
“Se o FDIC assumir o banco, as pessoas que o dirigem não devem mais trabalhar lá (…) Os investidores não serão protegidos. Eles assumiram conscientemente um risco, e quando o risco falha, os investidores perdem seu dinheiro. É assim que o capitalismo funciona”, declarou.
O pronunciamento do presidente americano teve como objetivo dissipar os fantasmas da crise financeira de 2008.
“Devemos reduzir o risco de que isso volte a acontecer”, enfatizou, lembrando que, no governo de Barack Obama (2009-2017), no qual ele era o vice-presidente, foram feitas “duras exigências” ao setor bancário que acabaram recuadas na administração seguinte, de Donald Trump (2017-2021).
Como resultado, ele disse que pedirá ao Congresso e aos órgãos reguladores que reforcem as regras para reduzir as chances desse tipo de colapso acontecer novamente e para proteger os empregos e as pequenas empresas.
“O resultado final é o seguinte: Nosso sistema bancário é seguro. Seus depósitos são seguros. Faremos o que temos que fazer”, acrescentou Biden, deixando claro que o dinheiro para cobrir perdas no SVB e no Signature Bank virá das taxas que os bancos pagam para o FDIC.
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