O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, não buscará fazer mudanças em sua prezada normativa climática, a Lei de Redução da Inflação, mas tentará “acomodar as preocupações” de França e Alemanha, segundo esclareceu nesta sexta-feira a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.
Após uma reunião ontem com o presidente francês, Emmanuel Macron, Biden reconheceu que havia “falhas técnicas” na normativa, que contempla milhões de dólares em subsídios para veículos elétricos “made in USA”, e prometeu fazer algumas mudanças, sem especificar quais.
“Não temos planos de voltar ao Congresso para fazer mudanças legislativas na (Lei de Redução da) Inflação”, disse Jean-Pierre durante um pronunciamento à imprensa a caminho de Boston, Massachusetts, onde Biden planeja participar de um evento de arrecadação de fundos.
A porta-voz destacou que a normativa está atualmente “em um complexo processo de implementação em nível federal”, mas deixou claro que não será abordada “nenhuma falha técnica”.
Jean-Pierre explicou também que estão sendo realizadas conversas “substanciais” com seus colegas europeus sobre a melhor maneira de acomodar as preocupações da França e da Alemanha, que consideram que os subsídios manteriam as empresas europeias de energia verde fora do mercado americano, colocando-as em desvantagem.
Uma das possíveis soluções que Paris e Washington podem apresentar é o estabelecimento de exceções para empresas europeias, algo que Macron já havia proposto, mas não repetiu publicamente na coletiva de imprensa de ontem.
Por sua vez, Jean-Pierre disse hoje que se está avaliando a possibilidade de exceções, mas não quis antecipar nenhum avanço nesse sentido.
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