As ações da Apple caíram 3,74% às 12 horas (hora local) desta quinta-feira, após o governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ter apresentado uma ação judicial contra a empresa, alegando que a gigante tecnológica criou um monopólio no mercado de smartphones com seu modelo de iPhone.
“Os consumidores não deveriam ter que pagar preços mais altos porque as empresas violam as leis antitruste”, disse o procurador-geral Merrick Garland em um comunicado.
O Departamento de Justiça afirma que a Apple usou seu controle sobre o iPhone para “participar em um tipo de conduta ilegal, de maneira ampla e sustentada”.
Entre outras coisas, o processo alega que a Apple impede o desenvolvimento bem-sucedido dos chamados “super aplicativos” que permitiriam aos consumidores trocar de smartphone com mais facilidade.
A Apple também é acusada de bloquear o desenvolvimento de aplicativos de streaming que permitiriam aos usuários desfrutar de vídeos de alta qualidade sem ter que pagar por mais espaço na nuvem ou hardware para que o telefone pudesse suportá-los.
A Apple, com sede em Cupertino (Califórnia), negou as acusações e acusou o governo americano de ter ultrapassado os limites nas acusações, segundo um comunicado divulgado pela imprensa local.
“Este processo ameaça quem somos e os princípios que diferenciam os produtos Apple em mercados intensamente competitivos”, defendeu-se a Apple, garantindo que se o processo for bem sucedido, será estabelecido “um perigoso precedente”, dando poder ao governo para intervir no desenho da tecnologia.
A Apple é uma das empresas mais poderosas do mundo, com receitas anuais de quase US$ 400 bilhões e, até recentemente, um valor de mercado de mais de US$ 3 trilhões.