Posicionamento de Kamala Harris sobre aborto, drogas e armas

Por Redação Epoch Times Brasil
22/07/2024 19:24 Atualizado: 22/07/2024 20:05

Com a retirada de Joe Biden da corrida presidencial, a democrata Kamala Harris se posiciona como a principal candidata à presidência dos Estados Unidos, sucedendo o atual presidente, que já manifestou seu apoio à sua candidatura.

Biden optou por retirar sua candidatura no domingo (21) devido a pressões crescentes de diversos setores, incluindo membros de seu próprio partido, a mídia e financiadores de sua campanha. 

A pressão sobre Biden intensificou-se particularmente após seu desempenho fraco no debate com Donald Trump, onde ele demonstrou dificuldades na formulação de pensamentos e na conclusão de frases. 

Além disso, Biden cometeu um equívoco ao confundir o presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky com Putin, líder da Rússia, durante um pronunciamento. Mais tarde, ele também se referiu erradamente à vice-presidente Kamala Harris como Donald Trump, o que complicou ainda mais sua permanência na disputa presidencial.

Com esse cenário, as posições da vice-presidente sobre questões importantes para os americanos passam a ganhar destaque.

Harris já tem experiência como senadora e foi candidata à presidência em 2019. Antes disso, exerceu os cargos de promotora distrital em São Francisco e procuradora-geral da Califórnia.

Aborto

Uma das principais bandeiras de Kamala Harris é a defesa do “direito” ao aborto. Desde seus tempos como senadora, ela tem se posicionado firmemente a favor da legalização do aborto em nível nacional.

Após a decisão no caso Dobbs versus Jackson Women’s Health Organization, que removeu da Constituição americana a garantia do direito ao aborto, Harris se tornou uma figura central na campanha de Joe Biden sobre o assunto. Enquanto senadora, ela apoiou a criação de uma legislação para barrar restrições estaduais ao aborto, como a exigência de que médicos realizassem exames específicos.

Legalização das drogas

Durante sua campanha presidencial de 2019, Kamala Harris defendeu abertamente a legalização da maconha para uso recreativo. No mesmo ano, em uma entrevista ao programa The Breakfast Club, ela reiterou seu apoio à legalização da cannabis e revelou ter consumido a substância na faculdade, conforme relatado pela Revista Forbes. 

Além disso, Harris contou à CNN que, em seu livro lançado naquele período, ela argumentou não só a favor da legalização da maconha, mas também pela eliminação de delitos não violentos relacionados ao seu uso.

Em março, Kamala Harris afirmou: “Ninguém deveria ir para a cadeia por fumar maconha”, durante uma discussão com o rapper Fat Joe e outros que foram perdoados por condenações por maconha. Ela enfatizou que “muitas pessoas foram presas por simples posse de maconha”.

Controle de armas

Harris já se posicionou a favor do controle de armas nos Estados Unidos. Em 2022, após dois ataques em massa no país, a vice-presidente fez um apelo público pela proibição de armas de assalto, direcionando a responsabilidade para o tipo de armas, em vez de focar nos autores dos ataques. 

“Sobre a questão da violência com armas, digo, como já disse inúmeras vezes, que não estamos à espera de perceber o que poderá ser uma solução. Não é como se estivéssemos a desenvolver uma vacina”, disse aos jornalistas após o funeral. “Sabemos o que funciona. E o que funciona é ter uma proibição das armas de assalto”, declarou.

“Sabem o que é uma arma destas? Sabem para que foi criada? Foi feita com um objetivo específico, o de matar muitos seres humanos com rapidez. É uma arma de guerra que não tem lugar numa sociedade civil.”