O ex-presidente dos Estados Unidos e candidato pelo Partido Republicano à Casa Branca, Donald Trump, responsabilizou na segunda-feira (16) “a retórica da esquerda comunista” pela tentativa de assassinato que sofreu no domingo na Flórida, a segunda contra ele em dois meses.
“Por causa dessa retórica da esquerda comunista, as balas estão voando, e isso só vai piorar”, alertou o ex-presidente em sua rede social, a Truth Social.
Trump destacou que “a retórica, as mentiras e as declarações falsas feitas” pela vice-presidente americana e candidata pelo Partido Democrata, Kamala Harris, durante o debate “fraudado” na ABC “levaram a política do país a um novo patamar de ódio, abuso e desconfiança”.
Ryan Wesley Routh, o homem suspeito de tentar assassinar Trump em um campo de golfe no sul da Flórida, foi indiciado nesta segunda-feira por duas acusações federais por estar em posse de armas de fogo, pelas quais pode pegar até 20 anos de prisão.
Routh, de 58 anos, um criminoso condenado, foi preso na tarde de domingo em West Palm Beach depois de se aproximar armado com um rifle AK-47 com mira telescópica do campo de golfe onde o ex-presidente estava jogando.
Depois de ser detectado pelo Serviço Secreto dos EUA, que atirou nele, o homem conseguiu fugir em um veículo, mas foi detido pouco tempo depois em uma estrada próxima.
As autoridades disseram em entrevista coletiva que não descartam a possibilidade de acrescentar outras acusações à medida que a investigação avança. Trump sofreu duas tentativas de assassinato em pouco mais de dois meses.
Em 13 de julho, Thomas Mathew Crooks, de apenas 20 anos de idade, foi baleado por agentes do Serviço Secreto segundos depois de disparar cerca de oito tiros contra o presidente enquanto ele participava de um comício na Pensilvânia.
Em publicação feita na rede social X (ex-Twitter), Trump afirmou que esse “nível totalmente novo de ódio” contra ele também decorre de “processos ridículos especificamente projetados” para causar danos a ele como oponente político, primeiro do presidente, Joe Biden, e agora de Kamala.