Secretário de Estado da Geórgia diz que ameaça de bomba fechou temporariamente os locais de votação em Fulton

Identificamos a fonte, e ela veio da Rússia”, disse Brad Raffensperger, principal autoridade eleitoral do estado.

Por Jack Phillips
05/11/2024 18:02 Atualizado: 05/11/2024 18:02
Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.

Uma ameaça de bomba direcionada a um local de votação na Geórgia foi rastreada até a Rússia e não era considerada uma ameaça real, afirmou o Secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, nesta terça-feira (05).

“Recebemos algumas ameaças de origem russa”, disse Raffensperger em uma coletiva de imprensa no Dia da Eleição. “No interesse da segurança pública, sempre verificamos essas informações e continuaremos a agir de forma responsável quando ouvimos algo desse tipo.”

Sem detalhar como as autoridades determinaram a origem da ameaça de bomba, Raffensperger afirmou que eles “identificaram a fonte, e era da Rússia”.

As ameaças causaram o fechamento de locais de votação em Union City, perto de Atlanta, conforme comunicado de autoridades do condado de Fulton nesta terça-feira. No entanto, o condado enfatizou que os locais de votação no Etris Community Center e na Gullatt Elementary em Union City foram fechados apenas por um curto período.

A polícia do condado informou que recebeu “várias chamadas sobre ameaças” em locais de votação, acrescentando que, após uma investigação, “nenhuma ameaça ativa” foi descoberta.

“Eles parecem estar aprontando”, disse Raffensperger na coletiva, referindo-se aos russos. “Eles não querem que tenhamos uma eleição tranquila, justa e precisa.”

A Geórgia é um dos sete estados decisivos na eleição de 2024, que ajudará a determinar a disputa entre a Vice-Presidente Kamala Harris e o ex-Presidente Donald Trump.

Na semana passada, o escritório de Raffensperger afirmou, em um comunicado, que um vídeo circulando online que supostamente mostrava um imigrante haitiano ilegal com várias identidades da Geórgia votando “é falso”.

“Isso é falso e um exemplo de desinformação direcionada que vimos nesta e em outras eleições. É provavelmente uma interferência estrangeira tentando semear discórdia e caos na véspera das eleições presidenciais de 2024”, dizia o comunicado, alegando que o vídeo provavelmente veio de “fazendas de trolls russos”.

Russos também foram responsabilizados por um incidente de cibersegurança contra o site do Secretário de Estado da Geórgia em 14 de outubro, informaram as autoridades na época.

Fora da Geórgia, a principal autoridade eleitoral de Michigan, Jocelyn Benson, alertou os eleitores nesta terça-feira sobre “agentes estrangeiros mal-intencionados” que podem tentar desviar a atenção do processo eleitoral dos EUA. No entanto, ela observou que seu escritório não encontrou nenhuma evidência de interferência. Assim como a Geórgia, Michigan é considerado um estado-chave.

“Sabemos que eles usarão todos os tipos de desinformação e outras táticas hoje e nos próximos dias para criar caos, confusão, medo, divisão e semear dúvidas sobre o que é um processo eleitoral muito claro, transparente e seguro”, disse Benson em uma coletiva de imprensa, sem entrar em detalhes.

Benson acrescentou que seu escritório “ainda não viu nada se concretizar, nada que foi alegado online como uma irregularidade realmente se confirmou como verdadeiro.”

Enquanto isso, a comunidade de inteligência dos EUA observou que “adversários estrangeiros, especialmente a Rússia, estão conduzindo operações adicionais de influência com a intenção de minar a confiança pública na integridade das eleições dos EUA e provocar divisões entre os americanos”, segundo um comunicado conjunto da Agência de Segurança Cibernética e Infraestrutura (CISA), do FBI e do Escritório do Diretor de Inteligência Nacional divulgado na segunda-feira.

Em particular, as agências afirmaram que “agentes de influência” russos produziram vídeos e artigos falsos relacionados à eleição de 2024 para “sugerir que americanos estão usando violência uns contra os outros devido a preferências políticas.”