Congresso dos EUA certifica vitória de Donald Trump nas eleições de 2024 na segunda-feira

Sessão ocorre sob forte esquema de segurança, quatro anos após invasão ao Capitólio; posse está marcada para 20 de janeiro.

Por Nicole James
06/01/2025 09:30 Atualizado: 06/01/2025 09:30

O Congresso dos Estados Unidos realiza a sessão oficial para certificar a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais de 2024 na segunda-feira (6). Este é o último passo formal antes da posse, marcada para o próximo dia 20 de janeiro.

Trump garantiu 312 votos no Colégio Eleitoral, superando a atual vice-presidente Kamala Harris, que obteve 226 votos.

A cerimônia ocorre exatos quatro anos após os protestos que resultaram em prisões no Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Naquela ocasião, apoiadores de Trump tentaram impedir a certificação da vitória de Joe Biden.

Desde então, as autoridades americanas reforçaram significativamente a segurança para evitar novos incidentes.

O edifício do Capitólio está sob vigilância rigorosa, com a presença de agentes federais e barreiras de segurança adicionais.

A sessão, presidida por Kamala Harris em sua função de vice-presidente, simboliza o cumprimento de um procedimento constitucional essencial para consolidar a transição de poder.

Apesar de o resultado das urnas ter sido amplamente reconhecido por autoridades eleitorais e tribunais, grupos de apoiadores democratas prometeram protestar em Washington contra a certificação de Trump.

Consolidação republicana

Com a posse de Donald Trump, o Partido Republicano retomará o controle do Executivo.

Além disso, consolidará sua maioria tanto na Câmara dos Representantes quanto no Senado.

Essa conjuntura favorece a implementação da agenda política republicana.

Entre as prioridades estão reformas tributárias, revisões nas políticas de imigração e a possível revisão de programas sociais.

Promessa de perdão

O dia 6 de janeiro permanece marcado na história americana como um dos momentos mais tensos da democracia no país. A invasão ao Capitólio em 2021 resultou em cinco mortes e centenas de detenções.

Trump prometeu perdoar diversas dessas prisões no 1° dia de governo, no dia 20 de janeiro, que foram contestadas pelo presidente em certificação como abusivas.

Segundo Trump, muitos desses presos estavam em “um lugar imundo e nojento que não deveria nem ter permissão para ser aberto”.