Ganhadores do Prêmio Nobel de Economia publicaram nesta quarta-feira (23) uma carta endossando a candidatura presidencial da vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, do Partido Democrata, e criticando a agenda econômica de seu adversário nas eleições de 5 de novembro, o ex-presidente Donald Trump, do Partido Republicano, e especificamente sua proposta para os impostos.
“Os signatários acreditamos que Kamala Harris seria uma administradora muito melhor de nossa economia do que Donald Trump, e apoiamos sua candidatura”, dizem 23 economistas ganhadores do Nobel, sete a mais do que os que assinaram uma carta em junho pedindo um voto pela reeleição do presidente Joe Biden antes de ele desistir de concorrer.
Entre eles estão os recentemente premiados Daron Acemoglu e Simon Johnson (2024), e os mais antigos são Robert Merton (1997), e Joseph Stiglitz e George Akerlof (2001).
Nas duas últimas eleições, em 2016 e 2020, vários economistas, inclusive ganhadores do Prêmio Nobel, haviam assinado cartas pedindo ao eleitorado que não votasse em Trump, entre outros motivos, por causa de sua agenda econômica.
Desta vez, os renomados especialistas reconhecem que os programas econômicos de Kamala e Trump não são “totalmente conhecidos”, mas alegam que suas declarações e “o que fizeram no passado” são suficientes.
Em relação a Kamala, destacam sua ênfase em políticas para “fortalecer a classe média, melhorar a competitividade e promover o empreendedorismo”, e acreditam que elas melhorarão a “saúde, o investimento, a sustentabilidade, a resiliência, as oportunidades de emprego e a equidade” do país.
Quanto a Trump, eles lamentam sua agenda “contraproducente” e criticam as “altas tarifas até mesmo sobre produtos de nossos amigos e aliados”, assim como “cortes de impostos regressivos para empresas e indivíduos (que) levarão a preços mais altos, déficits maiores e maior desigualdade”.
“Entre os determinantes mais importantes do sucesso econômico estão o Estado de Direito e a certeza econômica e política, e Trump ameaça tudo isso”, alegaram os ganhadores do Nobel de Economia.