Por EFE
Buenos Aires, 12 mar – O risco-país da Argentina continuou uma descida sem freio nesta quinta-feira e, nas primeiras horas de negociação, atravessou a barreira dos 3.000 pontos base ao disparar 8,8% para 3.233, o nível mais alto dos últimos 15 anos, afetado pela turbulência que está abalando os mercados mundiais com a pandemia de coronavírus e a forte desvalorização do petróleo.
Os temores dos investidores se refletiram na Bolsa de Comércio de Buenos Aires. Às 12h01 (de Brasília), o índice S&P Merval despencava 7,77%, para 28.978,31, e o índice geral S&P BYMA tombava 7,72% aos 1.234.724.
O colapso das principais bolsas europeias e de Wall Street nesta quinta-feira, em reação de pânico à proibição de voos da Europa para os Estados Unidos devido à pandemia do coronavírus, acrescentou incerteza aos mercados argentinos, que abriram com tendência de forte queda em um momento em que o governo do país sul-americano está negociando uma reestruturação de sua dívida pública.
O risco-país argentino subiu desde o início de março em quase 1.000 pontos base, de 2.260 pontos no dia 2 para 3.233 hoje.
O indicador elaborado pelo banco JPMorgan mede a diferença adicional que os títulos locais pagam em relação aos emitidos pelo Tesouro dos Estados Unidos.